29 fevereiro 2012

Surpresas da vida

Excerto da minha crónica na Revista Eles e Elas-Julho 2007

“Do not look back and grieve over the past, for it is gone. And do not be troubled about the future, for it is yet to come. Live in the present and make it so beautiful that it will be worth remembering.”
Ida Scott Taylor

A vida dá muitas voltas e é por isso que sou da opinião que não se devem fazer grandes planos, devemos deixar as coisas andar, “go with the flow”.

Não devemos tomar nada como garantido, porque a vida prega-nos partidas, quando somos surpreendidos por coisas más, temos que nos levantar, erguer a cabeça, mesmo parecendo e tendo a sensação de como é que é possivel de repente, em segundos tudo aquilo que achávamos como seguro se desvanece e parece que nunca mais nada vai ser como dantes e não vai mesmo.

Mas aprendemos a viver com isso, a lidar com isso, a crescer com isso.

E temos as vezes que somos surpreendidos por coisas boas que do nada e quando menos esperávamos acontece e parece que tudo volta a fazer sentido. O sorriso está estampado no rosto 24h por dia, os nossos olhos brilham e voltamos a ter força para enfrentar o mundo. Apetece-nos acordar, trabalhar, dançar, cantar, rir.

Como diz Paulo Coelho: “Muitas vezes com medo de chorar deixamos de rir e com medo de sofrer deixamos de crescer.”

Confesso que nos últimos tempos deixei que a racionalidade comandasse a minha vida, no sentido de fazer tudo o que é suposto, não arriscar em nada, não me deixar levar por sentimentos, quase como se estivesse em piloto automático.

Alguma coisa fez com que de um dia para o outro, talvez por ter chegado ao meu limite em termos de trabalho, stress, cansaço, decidi descontrair.

Pensar em mim. Viver. Ser feliz. Aproveitar todos os momentos bons sem ter medo de não os voltar a viver, e então? Outros virão. Aproveitar todas as pessoas que tenho à minha volta e dar oportunidade de conhecer aquelas pessoas novas que se cruzam no meu caminho e que se podem tornar especiais de um momento para o outro.

Sempre tive a sensação de que quando se ganhava alguma coisa, se perdia outra qualquer e isso deixava-me triste, parecia que não conseguia viver nada a 100%, porque havia sempre um pormenor ou outro que estragava a felicidade plena.

Mas afinal o que é isso de felicidade plena? Será que existe?

Mesmo quando a nossa vida está toda a correr sobre rodas, somos bombardeados pelas noticias mais chocantes e tristes que nos chegam de toda a parte do mundo e é impossível ficar indiferente a isso, porque quem não sente não é filho de boa gente.
E por tudo isto tenho aproveitado todos os momentos, como se fossem os últimos, como se fossem únicos e tenho-me sentido cheia. Completa.

O concerto da Beyoncé mostrou-nos uma mulher que de certeza que vive assim. A força em palco, o show que ela deu, a energia positiva que passou, fez deste concerto um dos melhores que tenho ido.

E chegou o dia, e este sim, posso afirmar com toda a certeza, que foi o melhor concerto que fui na minha vida.

Fiz uma surpresa aos meus avós, que são fãs dos Il Divo e levei-os comigo ao concerto. Todo o conjunto de coisas que envolverão o momento do concerto foram perfeitos.

Ver a felicidade dos meus avós, ouvir e assitir à actuação de 4 verdadeiros anjos em palco, fizeram com que as lágrimas não me saissem da cara por um único segundo, ter comigo a partilhar esse momento também duas grandes amigas minhas, fez o pleno dessa noite.

Obrigada Il Divo por me terem proporcionado um dos momentos mais especiais e espirituais e intensos da minha vida e acho que foi esse o meu ponto de viragem.

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