09 março 2012

Datas

Excerto da minha crónica na revista Eles e Elas-Março 2012

E começou um novo Ano.O Ano de 2012.
Um ano com 366 dias.
Mais um ano para amar muito, sorrir, brincar, chorar, errar, sonhar, cantar, gritar, partilhar, comer, estudar, arriscar, conquistar, namorar, acreditar, surpreender, comemorar. Mas acima de tudo para viver.

Hoje é dia da Mulher. Eu sou daquelas pessoas que dou importância a datas. Acho que tudo o que é especial tem direito a comemoração e que toda a gente se deve sentir especial seja pelo que fôr. Só não concordo é que só se dê importância nessas próprias datas! E aquelas datas que só servem para “obrigar” as pessoas a lembrarem-se, para nos imporem sentimentos, essas não concordo. Ou melhor não lhes dou a importância que a sociedade decidiu dar.

Uma das perguntas dos trabalhos de casa de estudo do meio da minha filha Vera ontem, era:Indica 10 coisas que só acontecem uma vez por ano.
E deu-me que pensar..Os aniversários, o Natal, a Páscoa, o dia do Pai, o dia da Mãe, o dia da criança, etc, etc.
Realmente vivemos estas datas uma vez por ano, festejamos e comemoramos estas datas uma vez por ano e o que comemoramos nós o resto dos dias?A vida!O amor!A Saude!
Mas estes não têm dias marcados no calendário, estas comemorações são nossas, vêem de dentro e cabe-nos a nós festejarmos seja de que maneira fôr, seja com um suspiro, com um sorriso ou com outra acção qualquer.
Hoje é dia da mulher, mas as mulheres não se podem vangloriar daquilo que são apenas hoje, não posso ser inundada de parabéns por ser mulher só hoje. Eu estou de parabéns todos os dias.

No dia do meu aniversário estou de parabéms porque comemoro mais um ano e vida, no Natal comemoramos o nascimento do menino Jesus.
Manifestações esfusiantes neste dia se depois no resto do dia não existem, não obrigada.

Queremos ser valorizadas enquanto mulheres todos os dias do ano. Hoje, dia 8 de Março é a data marcada para o lembrar para o resto do ano, não apenas no dia de hoje.
Estou longe de ser femininista. Concordo com a emancipação e independência das mulheres, mas também concordo que há coisas que devem continuar a ser os homens a fazer, não por serem o sexo forte, mas porque nós precisamos muitas vezes de sermos pegadas ao colo, assim como os pegamos ao colo a eles também.

Eu não quero que as minhas filhas só se sintam especiais no dia da criança. Eu não quero que o meu marido só se sinta um pai especial no dia do Pai.

Com tudo isto, o que quero dizer é que não devemos passar em branco as datas que estão marcadas no calendário, desde que não deixemos esses sentimentos de lado o resto do ano.

E por falar em datas, na altura do dia dos namorados, a minha amiga Ana Mota, decidiu participar num passatempo do seu cabeleireiro para ganhar um prémio. Tinha que fazer uma declaração de amor à sua cara metade, a declaração de amor mais votada, ganhava.
Ela ligou-me e pediu-me: ”Amiga, sabes que tens mais jeito para estas coisas que eu...escreves-me alguma coisa, como se fosse eu a escrever ao Daniel?”.
Claro que escrevo! E mandei-lhe, uma declaração como se fosse eu a escrevê-la para o meu marido.
E com este pequeno texto...
"Por tudo aquilo que já vivemos. Obrigada. Por tudo aquilo que vamos viver. Sim. Para sempre. A melhor sensação do mundo é encontrar alguém que compartilhe os mesmos sonhos e as mesmas vontades, ou que me ame o bastante para me aceitar mesmo com as minhas loucuras e os meus desejos malucos. Tu.”
A Ana ganhou o concurso do Studio glamour cabeleireiro!
E assim se espalhou amor.

Este ano decidi empenhar-me nas mascaras de carnaval das minhas filhas. Lá está, não ligo ao Carnaval, não gosto, não acho piada. Mas quando se tem filhos não há como contornar esta data e resta-nos rendermo-nos e lembrarmo-nos de como gostávamos do Carnaval em crianças. Entrar no mundo da fantasia e tirar o melhor partido dele.
A Mónica foi de Enfermeira, a Vera de “Dondoca” e a Joana de Cleopatra.
Quando as fui buscar ao colégio nesse dia, as professoras juntaram-se para me dar os parabéns. Disseram que elas estavam lindas e que se percebeu que a mãe teve cuidado e trabalho, que deu atenção.

E sim foi isso que eu fiz, e foi isso que as fez feliz e que me preencheu. Foi ter-lhes dado o meu tempo, ter-lhes dado atenção, ter ouvido as suas vontades, sugestões. Ter dado importância ao Carnaval por elas, deixando completamente de parte aquilo que eu penso. E verdade seja dita elas estavam LINDAS!!!
Homenagear alguém ou enviar um carinho por determinada data numa representação muito especial da sua vida, encontrando sempre o que o nosso coração procura. Isso é o mais importante.

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01 março 2012

Universo

Excerto da minha crónica na revista Eles e Elas-Natal 2011

Este ano decidi viver o espírito de Natal na sua plenitude. Decidi não pensar em nada naquilo que embirro no Natal, naquilo que condeno que outros transformem o natal, na confusão e stress em que as pessoas ficam.

Decidi viver só o bom do Natal. Decidi viver o natal como vivem as crianças, como eu já o vivi em criança, como vivem as minhas filhas, como vive a minha avó, feliz de se reunir com toda a família, de ter filhos, netos e bisnetos ao seu redor.
Viver como vivia a minha mãe, que parecia que sabia que se ia despedir cedo de todos nós e sempre o viveu com a maior intensidade e dedicação. Tudo o resto paráva nesta época e era tão bom sentir isso. A organização, a decoração tudo ao pormenor. E este ano estou a fazer isso.

Decidi empenhar-me a fazer a árvore de natal mais bonita de todos os tempos. Decidi decorar todos os recantos da casa, decidi decorar as escadas, decidi decorar o alpendre e o jardim. E decidi reunir a família cá em casa. Pôr todos os cd’s que tenho de “best of Natal” a tocar sem parar. Recebê-los e estar com eles em minha casa como eu tanto gosto.

Já fazia com todos os aniversários, em que faço questão, que por mais festas paralelas que existam, que haja sempre uma celebração de cada um de nós os 5 cá em casa, com toda a família. Faço questão de organizar tudo com muito carinho, para mais tarde recordar.

O Natal na nossa família infelizmente vai contando sempre com menos gente, mas não vou deixar que isso seja motivo de tristeza, porque sei que todos os nossos anjinhos estão no céu a celebrar o natal no seu melhor.

A minha Avó Belinha que se foi embora em Outubro também adorava o natal e também fazia a ceia e decorava a casa sem deixar nada ao pormenor, também ia com orgulho e com a família em peso à missa do galo na igreja de São Roque.
Não posso deixar que estas tradições e estes valores se percam! Se com tanto carinho me foram passados pela minha família, pelos que estão cá comigo e pelos que estão no céu.

Confesso que o natal começou a stressar o meu pai a partir de certa altura, mas foi a partir da mesma altura em que o meu pai stressava com tudo e essa altura coincidiu a partir do momento em que se distanciou da minha mãe, mas ai era o Universo a enfurecer-se,..

O Natal é a família e não cada um para seu lado. E o meu Pai para se defender de ter que andar de um lado para o outro, deixou de gostar do Natal. Mas eu sentia que mesmo com toda a confusão envolvida, os poucos minutos que poderíamos passar com ele nessa quadra significavam tudo para ele. Revivia os natais em que tudo batia certo, em que eramos todos uma só família, uma só casa. O Universo descansava nesses minutos e sorria.

E eu sinto que no Natal o universo conspira a nosso favor.
O universo está em eterno movimento em busca de equilíbrio. Cada acção desequilibra essa estrutura que imediatamente entra em processo de busca do equilíbrio.
Conforme agimos convocamos o universo a conspirar a nosso favor. Basta agir. Sem pressa, e também sem pausas. Não podemos desistir dos nossos sonhos, planos e vontades.

O que não tocamos, mas sentimos, faz a diferença nas nossas vidas, afinal, o essencial é inantigível.

Muitas vezes sinto a força da vibração do Universo a mostrar e a dar sinais do caminho que preciso. Nada é coincidência.

Quando acontece, estamos frente a uma grande conspiração do Universo. Trata-se de um SINAL. Alguma coisa esta atrás deste acontecimento.
Precisamos, sim, de entender o significado e aprendermos a ler o que não foi escrito. Descodificar o sinal é a chave para termos uma vida melhor.
A essência da vida é entender como vivê-la.

Ao longo da minha vida, tenho lido muitos dos acontecimentos como sinais ou como recados do Universo. Claro que atribuo na maioria das vezes a acções dos meus anjinhos lá de cima, que me protegem e que se fazem sentir presentes tantas vezes...outros acontecimentos, quando ainda tinha os meus anjinhos ao pé de mim vejo claramente como o Universo zangado. Mas sobre isto fica para uma outra crónica...

Mas uma coisa posso afirmar, fizemos duas viagens em que o Universo conspirou, sorriu e descansou.Com a ajuda dos nossos anjinhos, claro!
Fomos à Madeira, primeira viagem de avião que eu e o meu irmão fizemos com os meus pais há muitos anos atrás...e fomos a Miami, sei que fizeram tudo para que eu voltasse àquele que tinha considerado dos melhores destinos para ir e lá voltei a Miami e desta vez com o meu irmão, com o meu marido e com a minha cunhada. Na Madeira também estivemos os quatro mas levámos o meu sobrinho!

Estou a fazer os albums das duas viagens, como faço de todas e de tudo e mais alguma coisa, e sinto sempre nostalgia de estar a fazê-los e não os poder mostrar ao meu Pai e à minha Mãe, que era aquilo que eu mais gostava...mas antigamente eles não podiam estar connosco em todo o lado e por isso tinha de lhes mostrar as fotos e contar como foi... agora não preciso porque eles também lá estiveram connosco, não foi?
Mas voltando ao Natal...Natal não é pensar, mas sim sentir. Melhor do que todos os presentes por baixo da árvore de natal é a presença de uma família feliz. Não existe o Natal ideal, só o Natal que nós decidimos criar como reflexo dos nossos valores, desejos, queridos e tradições.

Ainda que se percam outras coisas ao longo dos anos, temos que manter o Natal como algo brilhante.…. Regressando à nossa fé infantil.Com Natal vêm as recordações e os costumes. E são a essas recordações a que todas as mães se agarram.
Temos que ser nós mesmos a fazer o Natal acontecer, empregando as maiores ferramentas do ser humano em desuso – AMOR E PAZ.

Se o presente está em desarmonia, temos que o harmonizar, fazer isso com o nosso pensamento, a nossa coragem, a coragem de dizer que acreditamos em nós mesmos, e que amanhã será melhor que hoje.
A mesma PAZ que mora com os anjos e que ronda as nossas energias.
Esse estado pleno de que fazemos a coisa certa.
Ousando ser feliz encontrando essa PAZ,

O meu desejo acima de tudo e voltando ao Universo e suas conspirações é que por mais que os casais se separem, por mais imcompatibilidades que surjam, nunca se esqueçam dos filhos, aqueles filhos que num momento da vossa vida fizeram todo o sentido e foram frutos do vosso amor.

Cada vez que vejo um filho infeliz por causa de pais separados não se entenderem e esse filho ficar prejudicado e triste por causa disso corta-me o coração. Dá-me vontade de chorar...o Universo com a ajuda de jesus e dos anjos envia os filhos para os pais como uma bênção, um presente. E deve enfurecer-se bastante cada vez que vê esses laços destruídos.

Eu tenho a sorte, pois também aconteceu o meu primeiro casamento não dar certo, de ter um ex marido que se rege pelos mesmos valores e princípios que eu, de ter a sorte do meu actual marido se reger pelos mesmos valores e princípios do que eu. E as minhas filhas, elas principalmente, têm a sorte de ter dois pais maravilhosos. E não há maior ternura de ver as 3 com o Ruca ou as 3 com o Filipe. E ai de alguém que diga que alguma delas não é deles, ai de alguém que as separe de um ou de outro.
E o meu desejo para as famílias, para as famílias “novas”, desta sociedade actual é que se unam, que se esqueçam de discórdias antigas e que ajudem o Universo a fazer o seu trabalho, que façam o Universo tranquilizar-se ao verem pais e filhos juntos. E não só no Natal, mas sempre.

E por falar em filhas tenho que falar das festas de Natal que são o acontecimento para as crianças. Os ensaios, as músicas e as roupas, enfim são épocas em que se sentem as estrelas.

A Mónica e a Vera já habituadas a estas andanças, adoram e tanto uma como a outra nasceram para o palco. Nesta altura querem mais do que tudo ter uma boa prestação, que os professores e a família se orgulhem delas. E para elas independentemente do seu papel são as protagonistas, são as principais e o resto é conversa.

Para a Joana foi a sua primeira festa de Natal. Começou a semana de ensaios por primeiro comunicar à professora que: Carla, não vou falar ao microfone, vou chorar o tempo todo, não quero ficar no palco e quero ficar sempre no colo da mãe. Depois chegou a casa e comunicou-me o mesmo a mim...

Os dias iam passando e ela ia cantando as músicas que iam ensaiando na escola. Começou a dizer que afinal podia participar, falar ao microfone é que não. Viu a festa da Mónica, adorou, viu a festa da Vera adorou. Deram-lhe força e segurança para no dia da festa dela, depois de choramingar um bocadinho porque queria o meu colo e depois de eu lhe dar um brinquedo para ela me guardar lugar para a ver, dando-lhe assim a garantia que iria sem qualquer dúvida, de lá se ir juntar aos colegas.

Nós sentámo-nos, e quando o pano abriu, ela por segundos esqueceu o seu lugar, esqueceu a letra, esqueceu as indicações das professoras, esqueceu-se dos colegas, ou dos “mil” pais que estavam a assistir, a grande preocupaçãoo dela era encontrarmo-nos, o mundo dela parou até nos ver. Quando nos viu descansou. Ia fazendo o ensaiado mas sem nunca por um segundo sequer tirar os olhos de nós. Mesmo que por vezes isso significasse entortar o pescoço todo. Não nos queria perder de vista, e nós não a queríamos perder de vista a ela.. o meu bebe...já com 3 anos...no palco, na festa da escola, a fazer o teatro que tinham ensaiado. Chorei do principio ao fim, como é normal, o que fez com que todos os filmes e fotos ficassem tremidos, mas o que é que isso interessa face aquele momento único que já ninguém nos tira.

Nesta passagem de ano vou desejar que em 2012 parem e pensem na vida que querem realmente ter. Escolham as pessoas que vos acompanharão este ano! Aquelas que vos dão apoio em todos os momentos. Escolham as que querem
ao vosso lado e as que querem estar ao vosso lado.Descubram o que vos dá prazer.

Insistam e não desistam.Pensem positivo. Começem. Agora.

Mãe, Pai, Rita, Avó e todos os meus anjinhos, como têm visto tenho preparado o Natal ao pormenor.Sei que vamos estar todos juntos e vocês também cá vão estar.Á vossa maneira.Fazem-me falta sempre.

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Avó Belinha

Excerto da minha crónica na revista Eles e Elas-Outubro 2011

“Aqueles que passam por nós,
Não vão sós, não nos deixam sós.
Deixam um pouco de si,
Levam um pouco de nós.”
Antoine de Saint-Exupery

Esta minha crónica vai ser em homenagem à minha avó Belinha.

Gostava muito de conversar com ela. Não me escondia nada, era directa e dizia aquilo que tinha para dizer.Com clareza, sem rodeios. Eu também sou assim por isso entendiamo-nos bem. Tinha um humor próprio e riamo-nos muito uma com a outra.

Preocupávamo-nos uma com a outra e sabíamos que por mais que andemos na vida a correr, é sempre uma prioridade dar valor ao que realmente é importante. Gestos, palavras, carinhos, olhares, tudo servia para que soubéssemos que estava tudo bem.

A minha avó era especial, era uma mulher com M grande. Via futebol como um homem, refilava e discutia como um homem. Não se deixava ficar como um homem. E para mim sempre foi um exemplo. Não precisamos de ser homens para nos fazermos ouvir, podemos ser sim grandes mulheres.

A família era tudo para ela. Os filhos eram tudo para ela, os netos e os bisnetos. Dizia que tinha uma família em que eram todos bonitos, pedia desculpa por ser tão vaidosa, mas a verdade tinha que ser dita e ela não se importava com a falta de modéstia, somos bonitos e pronto.

Gostava de analisar-nos desde bebes, e ia-nos contando as nossas características, uns que nasceram feios e ficaram lindos, outros que nasceram logo lindos. Uns que choravam muito, outros que riam muito.

O Filipe que tinha nascido com a cabeça em bico, o Pedro que tinha nascido feio mas que ficou bonito e o Ricardo que era muito bem educado.

Não tinha vergonha de admitir quem eram os filhos preferidos, netos ou bisnetos preferidos, mas fazia sempre a ressalva do que cada um de nós tinha de bom.

Gostava de ser mimada, gostava que nos lembrássemos dela, gostava que falássemos dela aos nosso filhos, gostava que lhe ligássemos e principalmente gostava de conversar, de ouvir e de falar. De contar as histórias da nossa família com a sua maneira característica.

Era uma avó vaidosa, que gostava de se sentir bonita, e que nós sempre nos orgulhávamos. Era um orgulho quando me diziam, a tua avó é linda! Tem os olhos mais bonitos do mundo!

No colégio, tivemos que dividir a nossa avó com todos os outros meninos, que a adoptaram por avó também. Todos a chamavam avó Belinha. Confesso que senti ciúmes algumas vezes de ter que a dividir, mas na maioria do tempo, ficava completamente deliciada ao ver o carinho com que todos a tratavam, o amor que todos tinham por ela. E ainda hoje me perguntam pela avó do colégio.

Adorava quando conseguia ficar ao lado dela no camarote do Sporting. Era sinónimo de emoção acrescida! Iamos comentando o jogo do Sporting e ao mesmo tempo ela ia-me dando novidades dos restantes jogos que ia ouvindo na sua telefonia.

S. Martinho era o local onde todos nos encontrávamos. E eram os tempos sem tempo para estarmos com ela. Sem pressas. Para passearmos pelo paredão, conversarmos na rua dos cafés.
Terra onde todos a conhecem, onde todos a adoram. É engraçado que cada ano em que chego, não há uma única pessoa, novos e velhos que não me pergunte: A tua avó está cá? Gostava de lhe dar um beijinho!

Recordo-me dos torneios de ténis que o meu Pai entrava e lá estava a minha avó na primeira fila. Era como ver um jogo do Sporting, mas em vez de gritar Sporting gritava Zé!!!Pensando bem acho que saí mesmo a ela na forma de ver o futebol e de torcer por quem gosto seja no que fôr. Sofremos à séria! Emocionamo-nos profundamente.
E também eu ficava ao lado dela a torcer pelo meu pai e a mandar bocas aos adversários e suas claques. Deixávamos de ser mulheres para sermos leoas, defendendo ferozmente os “nossos”.

O chocolate quente no Natal, o bacalhau com natas, as favas, a massa encarnada, a tarte de amêndoa, o bolo delicioso, têm e vão ter para sempre o sabor dela.
Telefonava-me sempre que algo que eu fazia ou dizia a fazia ficar orgulhosa. Dizia que gostava da minha forma de dizer as coisas, gostava das piadas minhas que saiam na imprensa e dizia-me: ”Só a menina para se lembrar destas coisas!”. E era tão bom ouvi-la rir...

A carrinha verde dela também me vai ficar na memória para sempre. Fazia a recolha de todos os primos pelos colégios e lá íamos nós tipo sardinha em lata todos a falar ao mesmo tempo, mas nunca a ouvi dizer nada...e só quando precisava de ajuda para estacionar o carro é que nos pedia concentração, mas o meu “ALTO!” vinha sempre tarde e depois do primeiro toque... Acho que ficou a frase oficial das vindas do colégio: ”Pode, pode, pode...PUM!...ALTO!”.

Há 5 anos atrás a vida dela parou. Paralelamente ao meu desgosto vi a tristeza a apoderar-se dela. Foi quando o meu Pai se foi embora. Ela quis ir também.
Sempre que falávamos uma com a outra, falávamos do meu Pai e eu tentava com palavras atenuar o seu sofrimento, tentando que atenuassem o meu também. Tentava que a minha visão das coisas, aquilo que me ia permitindo viver os meus dias, a ajudasse a ela também, mas sentia que a acalmava mas só por breves momentos.

Quando estava comigo, com o meu irmão e com os nossos filhos ficava feliz por estarmos todos juntos, mas dizia sempre que sentia uma grande dor pelo meu Pai não estar a viver aqueles momentos connosco. E eu, que sinto essa dor todos os dias, minutos, segundos, controlava-me para não me ir abaixo à sua frente.

A Avó Belinha nunca mais foi a mesma. S.Martinho deixou de fazer sentido. Sentia que ela gostava de ir para lá, mas doía-lhe demais porque se lembrava muito do meu Pai.
E foi-se deixando ir. Tinha momentos melhores outros piores, mas desistiu. A vida sem o seu filho já não valia a pena. E doía muito ver a minha avó naquele sofrimento sem poder fazer nada.

As últimas conversas era sempre em jeito de despedida e eu não conseguia lidar com isso.

Pedia ao meu marido para me tratar sempre bem, mas dizia para eu o tratar bem também! Pedia-me para falar sempre dela às nossas princesas. Pedia-me para nos permanecermos unidos e que a família era a melhor coisa do mundo.

Que ela se ia embora, mas com a sensação de dever cumprido. Que viveu, foi feliz e criou uma família maravilhosa, com todos bonitos ainda por cima!

Que estava feliz com o meu casamento e com o do meu irmão. Que tínhamos encontrado pessoas extraordinárias. Que estava feliz por a Mónica e a Vera serem meninas lindas e pela Joana e pelo Zé Eduardo terem vindo completar ainda mais a família. Sentia que se tinha fechado um ciclo. A minha mãe e o meu Pai foram embora, mas ela ainda cá ficou para testemunhar o marido e a mulher fantásticos que arranjámos e nascimento dos filhos com os nomes deles, Joana e José Eduardo.

Agora podia ir em paz porque sabia que ficávamos bem. Agora podia e queria muito ir ter com o seu filho.

E foi. Precisamente 5 anos depois. Por alguma razão o meu Pai só a veio buscar agora. E por alguma razão veio no mesmo dia em que também ele nos deixou.

E que feliz que a Avó deve estar agora. Estão todos juntos lá em cima e nós prometemos que vamos ficar todos juntos e unidos cá em baixo.

Vamos continuar a dar valor aquilo que nos une. Vamos continuar a honrar a nossa família e a fazer mais filhos lindos.

Lá em cima a gritaria pelo Sporting deve ter sido tanta que marcámos 6 golos no primeiro jogo! Continuem a torcer ai em cima que nós vamos continuar a torcer cá em baixo!

Olhem por nós. Tomem conta de nós. Nós vamos continuar a lembrarmo-nos com a certeza que temos os melhores anjinhos de todos!

Vamos continuar agarrados às maravilhosas recordações que temos até nos encontrarmos novamente.
Até já Avó Belinha.

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S. Martinho do Porto

Excerto da minha crónica na revista Eles e Elas-Setembro 2011

S. Martinho do Porto
São Martinho do Porto é uma freguesia portuguesa do concelho de Alcobaça situada na margem da baia de São Martinho frente a Salir do Porto, com 15,01 km² de área e 2 644 habitantes (2001). Densidade: 176,1 hab/km².

Foi vila e sede de concelho até 1855. Era constituído inicialmente apenas pela freguesia da sede e tinha, em 1801, 932 habitantes. Em 1839 foram-lhe anexadas as freguesias de Alfeizerão, Salir do Porto e Serra do Bouro. Tinha, em 1849, 3 596 habitantes.

A Baía de São Martinho do Porto é um acidente geográfico que, pela sua forma, em concha perfeita, é único no país e na Europa.

Situada a 19 quilómetros de Alcobaça, a Baía de S. Martinho do Porto é o último vestígio do antigo golfo que se estendia até Alfeizerão até ao século XVI.

A antiga Lagoa de Alfeizerão seria navegável desde o mar em S. Martinho até Tornada, tendo existido um porto de mar em Alfeizerão.
Hoje resta a concha de S. Martinho do Porto, uma bacia marítima de forma elíptica, com águas calmas e arvoredo envolvente, constituindo um porto natural de paisagem única. Possui 3 quilómetros de areal e uma barra com 250 metros de abertura, entre os Morros de Santana a sul e do Farol a norte.

A povoação de S. Martinho do Porto desenvolve-se em anfiteatro desde a Capela de Sto. António até ao Cais e à praia, seguindo pela Avenida marginal até às dunas de Salir. Foi fundada pelos monges do Mosteiro de Alcobaça, no século XIII.

Até finais do século passado São Martinho do Porto foi um dos principais portos do País mas, com o aparecimento dos navios a vapor, perdeu gradualmente a sua importância, sendo hoje porto de recreio e de apanha submarina de algas.
Nesta Baía desagua o rio Tornada, obrigando a cuidados especiais contra o assoreamento e a poluição.

Do alto dos miradouros do facho e do Cruzeiro ou da Capela de Sto. António, pode observar-se a beleza da paisagem.
Lenda do Lago:
N'aquela tarde calma. Fora a pesca abundante,
Sant’António do seu nicho, assiste vigilante
À faina. Os pescadores largam já d’amarra
E, como o mar manso,lá vão de proa à barra
Alegremente em fila, o porto demandando.
O leme vai na orça, velozes vão passando
Na linha da “ carreira “. Em frente da capela;
O Santo vai contando, um por um, vela por vela.

O sol é posto já. Traiçoeiro a refrescar
O vento aflige o Santo e atormenta o mar.
Toldou-se o céu também, logo a terra escureceu
E no regaço o Santo Jesus adormeceu.
Já nas ondas envergam os novelos d’espuma
Mas, na conta das velas, inda falta uma!
Nos lábios d’António, trémulos d’amargura
Alguma praga ao mar, entre as preces se mistura.

Um ponto branco, ao sul, lá longe entre a procela,
Traz rumo aproado, à alvura da capela.
O bom do Santo ao ver, esse asa de gaivota
Que, tão audaz procura. A linha da derrota,
Empalidece, e treme, temendo-lhe o destino.
Não se atreve porém a acordar o seu Menino.
E murmura: “Jesus, Senhor! A vaga é tão alta”
“E aquela vela é, a mais pequena que me falta”

Enquanto Dura a luta, entre o mar e a vela
António nota já, não ser deserta a capela.
Uma pobre mulher, nos degraus ajoelhada
Cinge contra o seio, uma cabecita dourada;
No seu ardente olhar e nos olhos da criança,
O ponto branco brilha, como um farol d’esperança
E o pescador afoito, aproa sempre a vela
Ao vulto da mulher, à brancura da capela

O mar redobra a fúria, é um leão rugindo
E tranquilo Jesus, no regaço vai dormindo;
Mas avistando o pano, roto já p’la rajada
A cabecita d’ouro exclama apavorada:
“Ó mãe? Ó minha mãe?”
“É o meu pai, quelá vem?!
”N’isto; o Menino acorda e mui mal humorado,
O aio santo increpa, de sobrolho carregado;
“O que foi isto António?” – “Quem foi que se atreveu?
”O Santo aponta a medo, a vela, o mar, o céu.

Nos olhos da mulher, onde a vela é agravada
Uma lágrima... Uma pérola pendurada.
Desvairado ao vê-la, implora Sant’António:
“Senhor... fazei bonança... O mar é um demónio... “
Jesus serenamente, do nicho então desceu,
Com uma mãozita em concha, a pérola colheu,
O seu rosado braço, enérgico balança
E às ondas infernais, a humilde jóia lança.

Depois... sorriu ao Santo com divino afago
E no mar, defronte da capela, fez-se um “lago” .

Um Pescador
(o autor destes versos é desconhecido, sendo atribuído a um pescador da época)

A LENDA DE S. MARTINHO

Martinho era um soldado romano, valente e valioso, que regressava de Itália para a sua terra, em França.

Na viagem, cruzou-se com um mendigo que tremia de frio, devido à chuva que caía com intensidade. Sentindo piedade daquela alma que lhe pedia esmola, Martinho não hesitou em partilhar a sua capa militar.Pegou na espada e cortou a capa ao meio.
Quando se preparava para seguir viagem, a chuva parou de cair, as nuvens fugiram e o sol começou a brilhar. Assim ficou o tempo durante três dias. Diz-se que foi recompensa divina.
A tradição mantém-se e por isso se fala do Verão de São Martinho, para lembrar que as boas acções não se devem esquecer.

Acabaram as férias de Verão e eu decidi dedicar esta minha crónica a este lugar especial na terra. Pelo menos para mim.
Às vezes dou por mim a tentar explicar às pessoas o porquê de eu sentir esta terra como minha, e penso sempre, qualquer dia escrevo um livro sobre S. Martinho, não vou escrever um livro, mas uma crónica, acho que é um bom começo.
“S. Martinho é um lugar que temos no coração, praia , férias e o mar, são os jogos de Verão.”

Este era o refrão do hino dos Jogos de Verão, cantando pela Nucha e por todos nós, Verão após Verão em S. Martinho.

Há coisas que não se explicam, mas o sentimento que me invade cada vez que chego a S. Martinho é de uma paz sem igual. Sinto-me em casa, sinto-me bem, segura.
Muitas vezes dou por mim a vaguear por ali, a observar a paisagem, a rua, as pessoas, a sentir o cheiro de S. Martinho. Muitas vezes durante o ano, sinto um espécie de “chamamento” para ir lá e lá vou eu, convenço a família a vir comigo e lá vamos nós dar um passeio, e isso muitas vezes chega para recarregar baterias, para que o mundo pareça cor de rosa outra vez.

Sei que imponho ao meu marido e às minhas filhas todos os anos que as férias em família sejam lá. Sei que as minhas filhas já ganharam o “bichinho”, não porque as obriguem a nada, mas porque já elas próprias ganharam essa paixão.

Sei que elas lá se sentem livres, se sentem donas do mundo. Sentem-se também em casa, porque toda a gente as conhece desde que elas nasceram, porque reencontram amigos e família que não veem durante todo o ano.

O meu marido por mais que se queixe do tempo, de que não há nada para fazer, já se rendeu, rendeu-se ao tempo em família, aos passeios, aos petiscos e rendeu-se principalmente por ver a mulher feliz, por ver a mulher bem, e isso faz com que ele fique bem também.

Gozam o ano todo comigo por eu passar o Verão em S. Martinho e ter que levar roupa de Inverno, por não ir à praia por causa do mau tempo. E eu já nem digo nada. Porque eu não vou para s.martinho atrás do calor e da praia, isso graças a Deus temos em muitos sítios na nossa costa, vou para lá por causa de coisas muito mais importantes, vou para lá por valores e sentimentos muito mais nobres. Até me podiam garantir que ia estar sempre a chover, que eu iria para lá na mesma.

O que torna as minhas férias especiais em primeiro lugar é o tempo que tenho para quem gosto, que não tenho ao longo do resto do ano, depois é o tempo para as memórias, o tempo para as recordações, o tempo para me sentir reconfortada, e aquela terra dá-me isso, a sua gente dá-me isso. Viram-me crescer, sabem quem eu sou genuinamente, sabem quem é a minha família, conheciam os meus pais. E agora conhecem as minhas filhas e o meu marido e receberam-nos de braços abertos.

Sinto que os meus pais estão ali comigo, pois também eles tinham esta paixão. E sei que os deixa muito contentes eu ter “herdado” este sentimento por S. Martinho.

Adoro encontrar pessoas que também sentem isto, porque é uma forma de reforçar aquilo que eu sinto, uma forma de mostrar a quem não percebe que eu não sou maluca, que não é uma paixão só minha, inexplicável e sem nexo.

Quando oiço, como ouvi um primo meu que também padece desta “doença”, a falar como eu falo, a dizer que está com o sorriso “estúpido” na cara só porque está em S. Martinho, eu percebo tão bem o que ele quer dizer, quando ele diz que se sente novamente uma criança feliz e contente, eu percebo tão bem o que ele está a dizer...

Não sou fundamentalista ao ponto de dizer que não gosto de mais lado nenhum e a seguir fui em semana romântica com o Filipe até Marbella, onde já tínhamos estado o ano passado mas este ano ele reservou um hotel diferente, digno de Reis e Rainhas, clássico, romântico, lindo. E aí sim apanhámos Verão à séria, que este ano não apareceu como deve ser no nosso pais.

40 Graus de dia e de noite, chinelos no pé 24h por dia, almoçar e jantar na praia. Bom, muito bom.

E agora vou falar em aniversários! A Mónica fez 9 anos e a Joana 3 anos!!Mais uma vez festas cá em casa com a família!!

O meu Avô Zé fez 80 anos! E fez um grande almoço para toda a família e amigos na quinta dos meus tios em Santarém. Foi maravilhoso ver a felicidade e alegria do meu Avô, estava como ele mais gosta de estar, junto da família, sem horas, sem tempo contado, sem pressas.

Eu e o Filipe Fizemos um ano de casados!!!!E como as nossas 3 princesas também “casaram” connosco trocámos presentes uns com os outros, passamos o dia juntos e depois fomos jantar fora os dois sozinhos.

E Setembro é significado de regresso ao trabalho e regresso às aulas. Já regressei ao activo com excelentes trabalhos e bons projectos para o futuro.

Já tive na loucura da compra do material escolar e das fardas. E este ano vai ter uma particularidade, é o primeiro ano da Joana no colégio. Vou ficar sem bebes em casa...acho que vou sofrer mais eu do que ela, acho que vou ser mais eu a puxá-la para fora do colégio para vir comigo, do que ela a puxar-me para ficar com ela. É a lei da vida, e o tempo passa e elas vão crescendo.

Por falar nisso amanhã faço 35 anos.


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Angélico

Excerto da minha crónica na revista Eles e Elas-Junho 2011

"Se me amas,não chores
Se conheces o mistério imenso do Céu onde agora vivo,
este horizonte sem fim,
esta luz que tudo reveste e penetra,
não chorarias se me amas!
Estou já absorvido no encanto de Deus,
na sua infindável beleza.
Permanece em mim o teu amor,
uma enorme ternura
que nem tu consegues imaginar.
Vivo numa alegria puríssima.
Nas angústias do tempo, pensa nesta casa
onde um dia estaremos reunidos
para além da morte, matando a sede na fonte
inesgotável da alegria e do amor infinito.
Não chores, se verdadeiramente me amas! " - Santo Agostinho

Em 2005 conheci 2 D’Zrt’s. Ainda não o eram. Nessa altura eram 2 actores dos morangos com açúcar.

Foi numa viagem à neve. Lembro-me de estar no bar do hotel e eles começarem a cantar, com os restantes convidados à sua volta, sem perceberem bem quem eles eram e porque de repente tinham começado a cantar, lembro-me dos olhares das pessoas umas para as outras tipo: O que é isto?

Mas eles indiferentes a tudo e a todos cantaram, tocaram e encantaram.Com a coragem de quem sabe o que vale, de quem sabe o talento que tem, e de quem está ali para gerar emoções, fazendo o que lhes vai na alma.

E o que é certo é que mexeram com as minhas emoções, mexeram com as emoções de todos os que os ouviam e que inevitavelmente começaram a mexer o corpo ao ritmo da música.
Era contagiante e no fim lembro-me que aqueles olhares das pessoas no inicio deram lugar a sorrisos e a uma grande salva de palmas. Deram lugar a olhares de espanto perante o talento daqueles jovens. Deram lugar a pedidos de mais músicas, a perguntas de quem eram e o que iam fazer.

A resposta foi que iriam ser um grupo de 4 elementos que existiriam dentro dos Morangos com Açucar e fora.

Mais tarde todos assistimos ao nascimento dos D’Zrt e tenho a certeza que tanto como eu, todos os outro presentes naquela viagem à neve vibraram com o êxito que eles alcançaram, vibraram pelo talento deles estar a ser reconhecido, vibrámos porque os vimos, ouvimos e nos deixamos encantar por eles antes de toda a legião de fãs que depois reuniram.

Fui-me cruzando várias vezes com eles, acabei por conhecer os 4 elementos, porque os convidava para os meus eventos e porque me cruzava com eles em diversas situações profissionais.

Quando comecei a namorar com o Filipe, tive o prazer de os conhecer a nível pessoal. Comecei a ouvir a forma como o Filipe falava deles, comecei a ver o carinho que tinha por eles e pude comprovar o que ele dizia, pude sentir também esse carinho.

Pude perceber que eram especiais, não por causa do talento que tinham, não por conseguirem arrastar multidões, não porque conseguiam gerar emoções, que isso tudo eu já sabia, mas pelas pessoas que eram. Pelos seres humanos que eram.

Fui comprovando isso em diversas situações e uma delas, falei aqui numa das minhas crónicas, no último concerto dos D’Zrt, no dia 3 de Fevereiro de 2008.Emocionei-me com a emoção que aqueles 4 jovens estavam a provocar na multidão que tinham à frente, emocionei-me ao ver que durante as horas do concerto eles conseguiram que todas aqueles pessoas se esquecessem de tudo o resto, e que só pensassem em dançar, cantar, gritar, aplaudir.

Só verdadeiros artistas, só verdadeiras estrelas conseguem isso. E depois nos bastidores confrontar-me com 4 miudos que depois do show que deram, continuavam a ser envergonhados, simpáticos, inseguros. Mesmo exaustos, continuavam com um grande e sincero sorriso na cara, continuavam disponíveis para os beijinhos, abraços, autógrafos. Disponiveis para uma palavra amável a toda a gente que os abordava.

O meu marido deu-me a oportunidade de em Novembro de 2009, ter ainda mais a noção da história dos D’zrt, ao permitir-me escrever um texto para acompanhar um vídeo de apresentação do regresso dos D’Zrt. Foi-me impossível controlar as lágrimas ao ver as imagens e informações que me serviram de base para o meu texto. Ver o percurso dos meus 4 amigos, na altura já os considerava como tal, um percurso cheio, espalhando alegria, música, sorrisos, amor e união.



Nos 6 anos da minha filha Vera, o seu regresso estava no auge, e as minhas filhas não fugiam à regra. A Vera pediu um bolo com a fotografia deles, mas o Filipe fez mais, pediu-lhes se eles podiam ir cantar lá a casa na festa dela.

E eles foram. As minhas filhas ficaram sem reacção, estavam de boca aberta. Os D’Zrt estavam em casa delas! Contagiaram toda a minha família, e puseram-na de pé a cantar e a dançar. Formámos uma roda à volta deles e deixámo-nos ir.

Os meus avós voltaram a ser jovens por uns momentos e lembro-me de no fim da festa dizerem: Que maravilha de miúdos que eles são! Que talentosos! Que boas pessoas! Terem tido a disponibilidade de vir até aqui fazer esta surpresa à Vera! Lembro-me de terem ficado à conversa com o meu Avô depois de cantarem, de ouvirem as suas histórias e eles contarem as deles. De se juntarem a nós enquanto família e a partir desse dia foi isso que se tornaram. E o meu carinho por eles tornou-se ainda maior.

A Vera não parou de falar nisso durante semanas e sei que nunca mais se vai esquecer na vida. Vai puder para sempre dizer que teve a sorte de ter 4 verdadeiros artistas em casa, a cantarem-lhe os parabéns, de ter a sorte de conhecer 4 seres humanos simplesmente únicos.

Porque eles não são só actores dos Morangos, eles não são só elementos dos D’Zrt, eles não são só O Angélico, o Vintém, o Cifrão e o Edmundo, eles são 4 pessoas com o coração do tamanho do mundo.4 jovens trabalhadores, humildes, saudáveis, responsáveis e com os pés bem assentes na terra.

No nosso casamento voltaram a surpreender tudo e todos, pegaram no microfone e fizeram aquilo que sabem fazer melhor: actuaram. Puseram toda a gente a dançar a cantar as suas músicas e provaram que os seus fãs são de todas as idades, e que desde os mais jovens até aos mais velhos sabem as suas letras de cor e saltam das cadeiras para as dançar.

Escrevo esta crónica com uma tristeza muito grande. Escrevo esta crónica porque senti que tinha que partilhar a minha história com estes 4 miudos, entre eles o Angélico.

Escrevo esta crónica porque me apeteceu dizer o que me vai na alma, principalmente depois de comprovar mais uma vez, que mesmo nestas alturas, mesmo com o Angélico a lutar pela vida, continuam a existir pessoas a revelar o pior do ser humano.

Pessoas que em vez de usarem a sua energia, para mensagens positivas, de força e esperança, usam essa energia para comentários desagradáveis, despropositados e com pormenores que não interessam para nada quando há um jovem entre a vida e a morte.

Quando na maior fragilidade da vida humana, quando, perante a morte de alguém, a única situação que não tem solução, discutem o que não tem discussão. Falam do que não sabem. Comentam o que não têm legitimidade para fazer. Procuram culpados e justificações para os “ses” e os “porquês”.

Preconceitos com os quais infelizmente temos que lidar no dia a dia, mas que nestas alturas ainda doi mais ter que lidar.

Esta é uma altura para procurar a paz de espírito e ajudar a dar descanso a quem sofre. É uma altura que se precisa acima de tudo de tranquilidade para se lidar com uma fatalidade.

O Angélico era uma pessoa boa.

O Angélico foi uma estrela na terra e á agora uma estrela no céu. Aconteceu uma tragédia impensável. Porque? Não sabemos.

Sabemos que os Pais perderam a razão das suas vidas.

Sabemos que a Rita perdeu o Amor da sua vida.

Sabemos que o Vintém, o Cifrão e o Edmundo perderam um irmão. Perderam parte deles.

Sabemos que vai ser um anjinho no céu e que vai olhar pelos seus pais, família e amigos.

Sabemos que deve já estar a actuar para todos os outros anjos, fazendo do céu uma festa.

Sabemos que continua a esbanjar o seu charme, o seu sorriso e a sua simpatia.

Sabemos que tivemos a sorte, de mesmo por um tempo demasiado curto, termos tido no nosso pais um artista tão completo.

Sei que eu, o Filipe e as nossas princesas tivemos a sorte de nos termos cruzado na vida com uma pessoa como o Angélico. Que nos tocou e marcou. Para sempre.

Sabemos que tinha a vida pela frente.

Sabemos que Deus leva os que mais ama e que devia estar a precisar de um anjo estrela como o Angélico.

Sei que o Filipe perdeu um grande amigo, perdeu alguém que tratava como irmão mais novo e as vezes como filho. Perdeu alguém por quem dava prazer arriscar. Por quem tinha um orgulho do tamanho do mundo e que considerava um artista que podia tudo. Um amigo a quem dava conselhos não só de trabalho, mas pessoais, um amigo com quem sei que adorava conversar, que adorava sentir a força da natureza que era, vibrar com os seus projectos e dar força aos seus sonhos.

Sei que já deve ter conhecido os meus pais e a minha irmã e que eles o devem ter recebido da melhor maneira. Espero que já lhes tenha cantado as músicas do álbum novo que não chegou a lançar.

Vai continuar a abraçar-nos lá de cima com as suas asas de estrela anjo.

Nós vamos continuar a recordá-lo, a ouvir as suas músicas, a cantá-las e a dancá-las.

Vamos sorrir cada vez que nos lembrarmos da sua alegria e força de viver. Do fenómeno chamado Angélico Vieira.

E vamos ter muitas saudades.
Até qualquer dia Angélico.

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Arriscar

Excerto da minha crónica na revista Eles E Elas-Abril 2011

Não nos podemos conformar com o médio quando podemos ter o excelente.

Esta foi a frase que uma das professoras da minha filha Mónica me disse sobre ela na reunião de pais e entrega das avaliações do segundo período.

Disse-me que a Mónica era excelente aluna mas que muitas vezes se conformava com os resultados pensando se assim já está bom não vale a pena esforçar-me mais.

A minha filha é mesmo assim, vê o mundo cor de rosa, ou quer vê-lo cor de rosa e afasta as dificuldades para debaixo do tapete, nem sequer quer saber delas, tudo o que é negativo é como se não existisse. Relativamente aos estudos é a mesma coisa. Ela podia ser a melhor aluna, mas se já é uma das melhores, para que dar-se ao trabalho? Ela prefere segurar aquela nota, do que arriscar-se mais e falhar.

Não acho mal que ela seja assim, sofre menos que a maioria das pessoas de certeza, só não quero é que ela seja uma pessoa conformada. Porque isso vai fazer com que fique sempre em segundo e nunca em primeiro.

Nesse mesmo dia abri uma revista e estava uma crónica do Paulo Coelho que falava exactamente deste assunto(coincidências engraçadas...).

Das frases que retive destaco estas:
“Enfrente o seu caminho com coragem, não tenha medo da critica dos outros. E sobretudo não se deixe paralisar pela sua própria critica.
“ Se o que você está a percorrer é o caminho dos seus sonhos, comprometa-se com ele. Não deixe a porta de saída aberta, através da desculpa: ”Ainda não é bem isto que eu queria. Esta frase-tão utilizada-guarda dentro dela a semente da derrota. Assuma o seu caminho. Mesmo que precise de dar passos incertos, de destruir e construir constantememte.”
“Quando se quer o bem, os resultados são sempre bons. Libertos do medo de errar, as decisões são tomadas e os resultados são magníficos.”
Open Mind. Intuition. Confidence. Free your soul. Make your style. Be your self
Como diria Pablo Picasso “qualquer outro terá todos os meus defeitos, mas nenhuma das minhas virtudes.”

Já se perguntou por que é tão difícil ser você mesmo?

Já parou para pensar o quanto estes medos e ferramentas de manipulação limitam os seus talentos.

Segundo Ralph Waldo Emerson deve insistir em si mesmo; nunca imite.
Faça o que lhe foi designado e nenhuma esperança ou ousadia poderão ser demais.

Lembre-se, ninguém é perfeito, A beleza e a diferenciação humana estão justamente nestas imperfeições, “até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro" diria Clarice Lispector.
Assuma o seu “EU” verdadeiro, crie o seu próprio espaço, solte as rédeas do seu verdadeiro talento.

Acredite em si mesmo, aceite os seus defeitos e qualidades e siga em frente.

É esta a filosofia que canta uma música do filme “Música no coração”My favourite things” as minhas coisas favoritas.

Cada um de nós deveria fazer a sua própria letra e cantá-la sempre que precisar de se lembrar das coisas de que realmente gosta.
Acredite em quem é. Seja você mesmo e mostre ao mundo que é orgulhoso da sua maneira de ser!
Qual é a sua melhor versão? Acredite nesta ideia e use-se a si mesmo!
Siga seu próprio estilo. Não seja uma segunda versão. Seja a primeira.
Ter estilo próprio é ser você mesmo. É ser diferente sem se importar com as diferenças.

Estilo tem a ver com liberdade e originalidade.
Aproveite ao máximo os seus trunfos! Agarre nos seus pensamentos, nos lugares, acções ou objectos favoritos. O conjunto de tudo isso é o que você é.

Nesta primeira crónica do ano decidi mesmo começar com este discurso positico de não conformação, de evolução, de apostas, de acreditar, de apostar. Eu preciso disso. Todos precisamos disso.

Entrámos no novo ano os 5 juntos. Da melhor maneira possível. Tão bom...

Na altura em que escrevo já posso afirmar que iniciei a época de verão cá de casa. As miúdas têm brincado lá fora, o Sol tem nos dado energia e força para nos animarmos, para andarmos com um sorriso na cara, para nos fazer querer aproveitar o dia até ao último raio.

Paralelamente ao trabalho tenho-me dedicado a tratar do jardim de nossa casa.

As princesas estão de férias da Páscoa e temos recebido muitas vezes a visita do meu irmão, cunhada e sobrinho. Tem sido muito bom estarmos todos juntos e sinto que quando isso acontece tudo o resto faz sentido, o Universo joga a nosso favor e todos os nossos anjinhos estão felizes.

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Nascimento

Excerto da minha crónica na revista Eles e Elas-Natal 2010

Acabei a última crónica sobre o casamento a falar da lua de mel e resolvi começar esta crónica a desvendar um bocadinho de como ela foi...não vou escrever muito porque é impossível transformar em palavras e é impossível descrever e contar como foi...

Nem ilustrar com imagens, porque mesmo as fotografias não mostram o maravilhoso paraíso na terra que são as maldivas...

Nem as minhas palavras vão conseguir ser fidedignas ao ponto de transcreverem o sentimento que nos invadiu em cada um dos dias da nossa lua de mel...

O paraíso recebeu o nosso amor e o nosso amor absorveu o paraíso. Ao começarmos a sobrevoar cada ilha das Maldivas percebemos que estamos a chegar a outra dimensão, e conhecer o amor verdadeiro como eu e o Filipe tivemos a bênção de conhecer também é viver noutra dimensão, num estado de espírito alienado, tal e qual como nos sentimos desde que pisámos na ilha que escolhemos: A Lily Beach.

Foram dias perfeitos que vamos para sempre guardar nos nossos corações e memórias.
Chegámos de Lua de Mel com a sensação que somos uns privilegiados por nos termos encontrado e por termos conhecido um paraíso na terra.
Sim existe e nós estivemos lá.

Depois de retomarmos a rotina das nossas vidas recebemos mais uma bênção: O nascimento do meu sobrinho José Eduardo Aragão Pinto.
Filho de meu irmão e da Maria. Fomos vê-lo, peguei logo nele ao colo e não o conseguia largar...tão bom...mais um anjinho para a nossa família.

Um bebê representa a decisão de Deus de que o mundo deve seguir. Ter um bebê é assumir a maior responsabilidade e a alegría mais absoluta que a natureza nos dá. Esperança, força, vulnerabilidade, inocência, futuro, valentia, pureza, amor, confiança....
Um nascimento representa o princípio de todo - é o milagre do presente e a esperança do futuro. O milagre de um nascimento é um tesouro único.

Cada bebé traz consigo uma nova bênção ao mundo. Cada bebé é um milagre único e impossível de repetir.

Tinha guardado o álbum de bebe do meu irmão, onde a minha mãe escreveu religiosamente todos os pormenores sobre os seus primeiros dias, meses e anos...fotografias de nós os quatro nesses tempos(eu, o meu irmão, o meu Pai e a minha Mãe), momento únicos, que sei que vão ser bons para o meu irmão recordar, reviver, partilhar, pois também ele está a viver um momento único.

O meu irmão ligou-me várias vezes nos primeiros dias, a perguntar tudo e mais alguma coisa, a pedir isto e aquilo, fui lá várias vezes e queria que ele sentisse que eu estava ali. Para o que ele precisasse e sei que ele não me estava a pedir ajuda como mãe que já tem três filhas ou como irmã, sei que ele precisava de sentir que não tem cá o Pai e a Mãe, mas tem-me cá a mim para o que ele precisar.

E sei que ele sabe que eles devem estar muito felizes com mais um neto, que olham por nós sempre e para que todos os efeitos nos enviaram uma Joana e um José Eduardo.

E por tudo isto decidi deixar aqui uma oração para o meu sobrinho e para todas as crianças que vão nascendo por esse mundo fora:
“Chegaste,
e a casa encheu-se de fragrância.
Parece primavera.
Em ti, Pai Santo, manancial de toda paternidade,
Em ti estão todas as nossas fontes.
Mandaste-nos um presente desejado e sonhado:
Uma criança chegou para o banquete da festa.
Seja bem-vinda!
Como é que vamos te agradecer,
Senhor da vida, com quê palavras?
Obrigado por seus olhos e por suas mãos,
Obrigado por seus pés e por sua pele,
Obrigado por seu corpo e por sua alma,
Em Tuas mãos de ternura nós a depositamos
Para que cuides dela, e lhe faças carinhos
E a enchas de doçura.
Pai Santo e querido, põe um anjo ao seu lado
Para que impeça a passagem da doença e
De todo o mal,
E a guie pelas sendas da saúde e bem estar.
O bem, a paz e a Bênção
Acompanhem-na todos os dias de sua vida
Amém”

O José Eduardo nasceu no dia 18 de Outubro e o seu anjo protector é o anjo Ayel.
Este anjo ajuda a ter consolação contra as adversidades ou injustiças. Favorece a longevidade, a preservação e a solidificação de bens materiais adquiridos por trabalho. Influencia nos estudos, principalmente da filosofia, misticismo ou religiões. Domina as mudanças.

Quem nasce sob esta influência será iluminado pelo espírito de Deus, terá solidez nos empreendimentos, destaque nos estudos e pesquisas das altas ciências esotéricas, em especial a cabala e a astrologia. Influente, confiável, não aprova a duplicidade de opinião ou a desonestidade. Transformará todos os sonhos e projetos em realizações, já que nada ultrapassa os limites de suas possibilidades. Avesso à futilidade, estará sempre de bem consigo mesmo. Não é interesseiro e só gosta de demonstrações de afeição, quando percebe que são absolutamente sinceras. Seus romances serão afetuosos, pois se desenvolverão sem problemas ou pressões. Dedica grande atenção à família.

Nunca deixa para outra pessoa uma tarefa inacabada, atingindo assim todos os objetivos, com merecido sucesso. Sua saúde será favorecida, pois nunca cometerá excessos, entendendo que seu corpo é o templo de sua alma. Sua retaguarda estará bem protegida contra a instabilidade ou a incompreensão de seus atos. Poderá seguir em frente com confiança, seu anjo de guarda estará sempre a seu lado.

Muitas vezes disse aqui nas minhas crónicas, que a nossa empregada interna faz parte da família e muitas vezes é o pilar de toda a estrutura. É o que me permite a mim e ao Filipe termos a nossa vida profissional louca, que nos permite ter a nossa vida pessoal, namorarmos muito...e mais importante de tudo dá-me o conforto, a segurança e a confiança por tratar das minhas filhas e garantir que elas estão sempre bem quando eu não posso estar.

A minha empregada, a Joana decidiu voltar para a terra dela, Moçambique. E eu tive que a deixar ir...durante duas semanas tive que saber o que é ser dona de casa, mãe, mulher e profissional sem qualquer ajuda...senti o que muitas mães por esse mundo devem sentir. Mas o engraçado é que se consegue. Tem que se conseguir. Quando tem que se fazer faz-se e eu não tenho feitio para esperar que os outros façam por mim...não foi fácil...tratar das duas mais velhas para irem para o colégio, ajudá-las com os trabalhos de casa quando chegam, com os estudos para os testes, comprar-lhes os presentes para o amigo secreto, decorar os anjinhos de Natal para o concurso do Colégio, tratar da casa, da roupa, das refeições, conciliar as horas de trabalho com a pequenina que ainda está em casa e quer brincar, ver o Panda comigo ou simplesmente estar ao meu colo. E mesmo assim respondi a telefonemas, a emails, marquei reuniões e fechei projectos. Por isso sim é possível e quando não há outra hipótese, as mulheres são mesmo super heróis. E eu tenho a sorte de trabalhar em casa e por conta própria para o poder fazer.

Costuma-se dizer que do final do Verão até ao Natal é um pulinho e assim foi, entrámos nessa época e mais uma vez com ajuda das minhas 3 filhas fiz a árvore de Natal, decorei a casa e a porta da rua e ajudei-as a escreverem as cartas ao Pai Natal.

Fui assistir às maravilhosas festas de natal do colégio e no final enchi-me mais uma vez de orgulho ao ouvir os professores a falarem da Mónica e da Vera. Enchi-me de orgulho em saber que tiverem excelentes notas nos testes e enchi-me de orgulho ao saber que são a alegria da escola e que estão sempre de sorriso na cara e prontas para dar alegria e mimo a alguém. E saber tudo isto não tem preço. É uma bênção tê-las trazido ao mundo e terem dado ainda mais sentido à minha vida.

No Natal também se celebra um nascimento, o nascimento de Jesus:
“E nessa noite de alegria, o amor nasceu ...
O amor de um homem e de uma mulher ..
O amor universal ...
Nasceu uma criança de luz,
de muita luz ...

Uma criança que é a esperança do mundo ..
Uma criança vinda dos Céus ...
Uma criança que ensina por todos os séculos o Amor,
o perdão ..

Uma criança que traz para nós a felicidade interior ... a paz interior ...

Com esta criança aprendemos a sorrir, a sermos dignos, a sermos eternamente felizes ...
No seu grande Amor...
Na sua infinita Paz.

Nessa noite, uma estrela cruzou os céus,
Anunciando a sua chegada ..
E brilhou nos nossos olhos,
Nos nossos corações.”

Vamos reunir a família e aproveitá-los sem horas, sem minutos contados e aproveitar o maior luxo que esta época nos dá: tempo para estarmos com quem mais gostamos.

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O nosso Casamento

Excerto da minha crónica na revista Eles e Elas-Setembro 2010

O que é que eu posso escrever sobre o meu casamento?...

Posso dizer que foi tudo tão sentido.. qualquer escolha teve o seu significado e cada detalhe foi pensado ao pormenor.

E foi tudo como idealizámos...Estávamos felizes. E as fotografias espelham esse nosso maravilhosa estado de alma. O que não deixa muito por dizer...só quem lá esteve sabe o que testemunhou, sabe o que sentiu e por mais que o descreve não vou conseguir transmitir a emoção contagiante que se viveu no nosso casamento.

Dia 3 de Setembro de 2010..acordámos, o Filipe seguiu para o Hotel onde se ia arranjar e eu fiquei com as minhas 3 princesas em casa, depois do bouquet tratado(consegui comprar 4 girassois lindos gigantes-a minha flor preferida...eu própria me sinto um girassol, só estou bem onde está o sol e a girar debaixo dele), era altura de nos começarmos a arranjar.

Depois do cabelo e da maquilhagem, onde tenho que destacar o maravilhoso trabalho da minha querida Lígia...desde a primeira vez que me maquilhou para uma produção numa revista que me “apaixonei” pelo trabalho dela, conseguiu e consegue sempre que me olho ao espelho a seguir a maquilhar-me pensar: Estou linda...No dia do casamento conseguiu isso na maquilhagem e nos cabelos e com as miúdas que tratou com um carinho sem igual e ter pessoas como ela ao meu lado neste dia foi muito bom.

Eu e o Filipe falamos ao telefone várias vezes e precisávamos que chegasse rápido o momento de estarmos juntos um do outro, era o nosso dia e tínhamos que estar junto, queríamos estar juntos, só fazia sentido estarmos juntos.

Fui para o meu closet com as minhas 3 princesas e a Joana minha empregada, foi ela que me ajudou a vesti-las, foi ela que me ajudou a vestir o meu vestido e a colocar o véu sempre sob o olhar de 3 pequeninas lindas que observavam cada movimento. Pus 3 escravas que eram da minha mãe, os brincos que tinha comprado, o anel de noivado e calcei os maravilhosos sapatos da Made In. Quando fiquei pronta o olhar da Joana empregada e delas as 3 foi tão forte que nem precisei de me ver ao espelho antes de sair de casa, elas deram-me a força e a confiança que eu precisava e eu sabia que estava bem.

O Sr. Pedro, o motorista estava à nossa espera numa bela carrinha espaçosa para cabermos todas e lá seguimos viagem, não sei explicar que sentimento me invadia naquele momento, mas sentia-me serena, bem. Estava com as minhas 3 gordinhas a caminho do casamento com o homem da minha vida. E senti-me abençoada.

E chegámos ao Tamariz. O Avô Zé estava à porta das piscinas à minha espera e lá saíram primeiro a Mónica, a Vera e a Joana e começaram a percorrer a passadeira ao som da música que todos tínhamos escolhido para aquele momento e que tínhamos andado a ouvir durante os últimos meses a imaginar como seria: ”I want to know what love is” da Mariah Carey.



A seguir entro de braço dado com o Avô Zé e a primeira imagem é um pôr do sol lindo sobre a baia de Cascais, as pessoas todas especiais em pé felizes a receberem-me e lá ao fundo o meu Amor. E quando os nossos olhares se encontraram tudo fez ainda mais sentido. Estavamos juntos para nos casarmos. O Avo Ze estava uma avo babado, a granny muito emocionada, a avó belinha feliz, o Ricardo em êxtase, a minha querida madrinha Rita era a madrinha perfeita, família e amigos também. E soube que o meu pai, a minha mãe e a minha irmã Rita estavam lá. E deviam estar tão ansiosos por este dia quanto nós. E sei que dariam tudo para estar ali assim como eu dava, mas estavam de outra maneira e eu senti-os.

E lá nos tornámos marido e mulher depois do também tão especial momento do Filipe ter colocado um anel no dedo de cada uma das 3 princesas ao som do “por ti me casaré” do Eros Ramazotti.



A decoração e o catering estava a cargo do Vasco Aragão e como não podia deixar de ser estava de sonho. Tudo. E eu estava completamente descansada e completamente certa da moinha escolha desde o primeiro minuto, o Vasco é para mim o melhor. Ponto final. E para além disso o carinho como sempre me tratou, fez com que nascesse uma cumplicidade muito grande e não há nada do que “trabalhar” com alguém que fala a mesma língua.

A noite pôs-se, o jantar terminava e depois dos brindes pelas mesas seguimos para o La Villa, que estava também maravilhosamente decorado pelo Vasco e com o melhor que há em termos audiovisuais que ficou a cargo da Multishow, de onde tenho que destacar o profissionalismos do Marco e do Orlando. Estava um Show! E o bolo...o bolo que eu idealizei 3 dias antes, desenhei a minha ideia e a cake it consegui confeccioná-lo tal e qual o meu desenho...estava lindo!!Obrigada Marta e Sofia!

Cortámos o bolo, fizemos o brinde e chegou a surpresa dos colegas da TVI...e que surpresa...um filme com vários momentos cómicos relacionados com o casamento, desde o telejornal, às novelas...enfim...e o final com uma selecção de fotos nossas, da nossa família de 5, fantástico...lindo...



Abrimos a pista ao som do “I look to you” da Witney Houston e mais ninguém parou de dançar, e cada vez que vinha mais alguém para ao pe de mim dançar eu pensava, que maravilha de família de amigos que eu tenho e que bom que e estarem aqui connosco.A música do JP que mais uma vez contagiou todos na pista de dança.



Os D’zrt deram um show e puseram toda a gente a cantar e a dançar ao som das músicas deles.Foi tão bom...Que “quarteto” de pessoas maravilhosas eles são!

Chegou a altura de eu e o Filipe querermos estar só os dois, sozinhos e saborear o facto de já sermos marido e mulher. Depois de quase toda a gente sair, deixamos os mais resistentes e saímos de fininho...rumo à nossa noite de núpcias e à nossa Lua de Mel nas Maldivas.

Marta Aragão Pinto “Terruta”.

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Estás aqui para ser feliz

Excerto da minha crónica na revista Eles e Elas-Junho 2010

Era eu uma menina num dos seus primeiros trabalhos quando comecei a estagiar na revista Eles e Elas. Num mundo completamente novo para mim, tive, com as minhas inseguranças, de me aventurar e tentar dar o meu melhor. As ideias multiplicavam-se na minha cabeça e eu tentava pô-las em prática com a ajuda de toda a equipa da revista. A maioria deve-me ter achado uma menina mimada, que queria fazer as coisas como pensava e ponto final...

Mas havia uma pessoa que sempre me apoiou e sempre me incentivou...sendo muitas vezes meu cúmplice e lavando as matérias que queria fazer adiante, por mais loucas que fossem. O Zé Manel. As memorias e recordações são muitas, as correcções dos meus textos, a revelação das minhas fotos, os cafés nos bombeiros, as piadas nos eventos, os comentários cómicos às fotos. Mas há uma coisa que nunca me vou esquecer, era que para mim tinha sempre uma palavra agradável para dizer, um elogio, fazia-me sempre sentir a melhor do mundo e sei o saber foi contribuindo para moldar a minha maneira profissional de ser, deu-me confiança, segurança e auto-estima e isso não tem preço.

Zé Manel, sei que continua aqui perto de nós, a olhar pela Dra Luz e por todos os colaboradores da Revista Eles e Elas e sei que continua a olhar por mim e a sentir o carinho e orgulho que sempre demonstrou por mim.Sei que está a animar todos os anjinhos ai no céu com a sua maneira típica de ser.
Obrigada por ter feito parte da minha vida.

Existem pessoas em nossas vidas que nos deixam felizes pelo simples facto de terem cruzado o nosso caminho.

“Simplesmente porque cada pessoa que passa na nossa vida é única. Deixa um pouco de si e leva um pouco de nós.”Saint-Exupery

Na Sexta feira Santa, tive um trabalho e nada fazia prever que íamos passar a Páscoa fora, mas quando cheguei a casa e eu e o Filipe nos deparámos com o facto das miúdas terem ido para as respectivas avós, decidimos ir para o Rio de Janeiro!!Reservámos a viagem nessa mesma noite e tínhamos que estar no dia seguinte no aeroporto às 8h da manhã para comprar o bilhete para seguirmos no voo das 11h Senão não íamos...tudo à última da hora como sempre, mas lá embarcámos e seguimos para o Rio.

Cidade maravilhosa, praia, passeios e petiscos fantásticos e nem o temporal que se abateu por lá nessa semana nos travou. Estávamos de férias, sem telemóveis e descontraídos. Que bom.

Convidei a Rita Ferro para ser minha madrinha em plena acção de trabalho!!!Não tenho jeito para grandes preparações e efusões e como quem diz, vamos receber o convidado tal, disse-lhe vais ser minha madrinha. Ela teve que se conter para não chorar porque estávamos no meio de várias pessoas...mas no dia seguinte ligou-me para irmos fazer um programa de madrinha e noiva.

Fomos a uma loja de Vestidos de Nova em Cascais. Experimentei quase a loja toda e nunca mais me vou esquecer da expressão da Rita quando sai dos provadores com o primeiro vestido...emocionada...e a dizer que eu estava linda...o problema é que disse isso a todos.. por isso sai de lá mais confusa que entrei...mas diverti-me muito e amei partilhar este primeiro momento de preparativos com a minha maninha/madrinha. Faz tanto sentido e é uma bênção tê-la na minha vida.

Chegou mais um dia da mãe e lá fui ao pequeno almoço no colégio delas. Tão bom...os desenhos...aquilo que escreveram para mim e sobre mim e orgulho e a sorte que eu tenho de ter filhas assim...tenho que destacar uma das frases que a Mónica me escreveu: ”Eu gosto da minha mãe porque ela me faz feliz...”.

A revista Flash pediu-me que fizesse uma produção para o dia da mãe com as 3 gordas, expliquei que a Joana está uma terrorista, não pára quieta e seria um massacre estar a obriga-la a fazer poses para as fotografias, a Vera quer é paz e sossego e não tem paciência nenhuma para essas coisas, mas a Mónica adora!

Fiz as fotografias sozinha com a Mónica...e ela estava feliz...comigo só para ela, a pentear-se, pintar-se, trocar de roupa, estava a sentir-se uma verdadeira princesa, os olhos dela brilhavam e eu completamente babada, a ver a minha filha mais velha compenetrada, atenta, interessada e a cumprir o seu papel de modelo por um dia na perfeição.

No dia 11 de Maio tivemos um dia em cheio...fomos logo de manhã à conservatória e já está tudo tratado para o casamento, já deve estar o edital afixado para quem se quiser opor...agora só falta dizermos o sim...

De seguida fomos ter com a Isabel(mãe do Filipe e minha futura sogra) e com o Luís(marido da Isabel e meu futuro sogro emprestado) ao palácio de Belém onde a Isabel trabalha e onde nos recebeu para vermos e recebermos a bênção do Papa. Em silêncio e com o meu amor ao lado ouvi as suas palavras e fui invadida por uma maravilhosa paz de espírito.

Seguiu-se S.Martinho...fomos os dois com a Isabel que tem sido incansável a todos os níveis, mais do que sogra tem sido uma amiga...com quem adoro falar, desabafar e com quem tenho tido o privilégio de contar para me ajudar com os preparativos do casamento. O seu carinho, entusiasmo e motivação emocionam-me porque fazem-me lembrar a minha mãe que vibrava com tudo o que dizia respeito à minha vida e ia até ao fim do mundo para me fazer as vontades. A minha felicidade era a sua felicidade. E sinto que com a Isabel se passa o mesmo, ela ver-nos felizes fá-la feliz também. E isso é a magia de ser mãe e eu sinto isso com as minhas 3 gordas também. A minha felicidade já não é só minha, só faz sentido se for delas também.

Estava um dia lindo em S.Martinho..tão bonito...fomos ver o Hotel Parque, como hipótese para o casamento. Foi o pisar de um local tão simbólico.. tão importante...tão cheio de recordações...tão perto dos meus pais...fechei os olhos por momentos e senti as pessoas à conversa, o barulho das bolas no ténis, o apoio das claques, a minha avó a jogar às cartas, as crianças a correrem, o meu Pai a receber as taças, a abertura da pista a dançar com o meu pai. Os meus pais, eu e o meu irmão juntos e felizes.

Hoje o Hotel parque é apenas um hotel fechado, com um jardim e uma fachada lindos à espera que alguém lhe dê vida. Vamos ver se vai ser com o nosso casamento...
Fui mais uma tarde experimentar vestidos de noiva, desta vez com o Pedro Leitão que também está completamente empenhado em ajudar nos preparativos!

Experimentei o primeiro...e único...o Pedro chorou como eu nunca tinha visto...mais uma vez senti o “luxo” de ter um amigo que não precisou de dizer nada. O olhar, a emoção disse tudo.

Há um anúncio da Coca-cola que acaba com uma frase que deveria ser um lema de vida, é qualquer coisa do género: Que há um antigo jogador, Roger Milla que não só mudou a maneira de celebrar os golos como mudou a maneira de celebrar a vida, ensinou-nos a viver.



E todos os outros anúncios da coca-cola são um hino à vida. Como o anúncio intitulado: Estas aqui para ser feliz” e que diz mais ou menos assim:
“Esta é uma história real. Nestes tempos difíceis juntamos o homem mais velho e o bebe mais novo. A três dias dos seu nascimento do bebe, um idoso com 102 anos põe-se a caminho para o conhecer e quando o vê diz-lhe: Sou um sortudo, sorte por ter nascido como tu, por poder abraçar a minha mulher, por ter conhecido os meus amigos, por me ter despedido deles, Por continuar aqui, perguntáres-me-ás qual a razão de te vir conhecer hoje, é que muitos te dirão que não se pode chegar ao mundo nos tempos que correm, tempos de crise, tudo isto irá tornar-te mais forte! eu vivi momentos piores do que este, mas no fim apenas te lembrarás das coisas boas, não te entretenhas com banalidades e luta pela tua felicidade porque o tempo corre muito depressa, vivi 102 anos e asseguro-te que a única coisa que não gostarás na vida é que te vai parecer demasiado curta. Estás aqui para ser feliz!!



Paralelamente a estes lemas e o pensamento já nas férias que estão a chegar faz-me andar mais calma...mais em paz...

Mar...praia...férias....dolce fare niente...uma expressão tão utilizada pelo meu Pai e à qual dou tanto valor agora....

O meu irmão já sabe que vai ter um rapaz, que se vai chamar José Eduardo. E pronto o ciclo completasse, os meus pais foram para o céu, mas logo trataram de nos arranjar primeiro o Filipe e a Maria e depois a Joana e o José Eduardo, é a sua continuação, a nossa, a da nossa família.

O Verão chegou e estamos empenhados em arranjar o nosso jardim, o Filipe é o nosso Bob o construtor e está a ficar lindo, ele vai arranjando e nós vamos aproveitanto o sol e a piscina...!

Com o casamento a aproximar-se, a programação das férias não tem sido fácil...uma semana em S.Martinho é uma certeza, apetece-me tanto, nesta altura pareço que volto a ser pequena e fico com um excitamento e um frio no estômago, só por saber que se aproxima a altura de ir para lá, só por saber que vou aproveitar todos os dias, todos os segundos, TUDO!

No dia 13 de Junho, dia de Santo António, meu querido santo casamenteiro e padroeiro de S.Martinho, juntámos a família num almoço cá em casa. E o Filipe fez o pedido oficial de casamento!!!Pediu a minha mão à Granny, Avô Zé e Avó Belinha, todos discursaram, todos nos emocionámos. Foi lindo. Até as miúdas combinaram sozinhas o que iam dizer ao mesmo tempo: ”queremos muito que a mãe e o Pai Filipe se casem porque nos fazem muito felizes todos os dias”, e não é preciso dizer mais nada...

Foram as festas de final do ano delas, mais uma vez as minhas lágrimas me escorriam e ainda escorreram mais depois das reuniões de pais de final de ano com os respectivos professores em que voltaram a dizer que elas para além de excelentes alunas são excelentes pessoas, crianças alegres e felizes. Deram-me os parabéns por isso também ser trabalho de casa, mas eu acho que as minhas filhas são lindas, porque são elas, porque são assim e são a minha felicidade, o meu orgulho, a minha vida.

E a data do casamento aproxima-se, entre trabalho, miúdas, lida da casa, aos poucos...muito poucos.. temos ido organizando as coisas...e como sentimos que precisávamos de tempo, o Filipe numa segunda feira acorda e diz assim: E se fossemos hoje de férias?

Confesso que ele já andava a dizer para marcarmos férias há algum tempo e eu fazia sempre a mesma ”fita” olhava para a agenda e ou tinha trabalho, ou as miúdas tinham alguma coisa importante, ou tínhamos algo marcado em família, enfim nunca dava e eu sou sempre a mesma coisa, se penso muito que as vou deixar, prefiro não ir...mas desta vez não tive hipóteses e para todos os argumentos que dava o Filipe tinha justificação e solução, em minutos arrumámos o saco e lá fomos rumo a Espanha...como em todas as outras viagens fui calada a viagem toda, a pensar nelas, como iam ficar, o que iam fazer, a sorte é que tenho um quase marido que já me conhece e que sabe como eu sou e que respeitou o meu silêncio. Chegámos a Marbella e pronto descontrai! Liguei para casa, ouvi as vozes delas, vi que estava tudo bem e ainda descontrai mais!

Foi tão bom! Namorámos, fomos à praia, a piscina, passeamos, fizemos compras, pequenos almoços, almoços, lanches e jantares magníficos, saboreamos cada minuto destes apenas 5 dias de férias e descontraímos tanto que nem dos preparativos do casamento falámos para não nos “cansarmos”!!Isto sim são hinos à vida! Porque estamos aqui para sermos felizes!

Mas viemos com as baterias recarregadas e com vontade para trabalhar, para os preparativos e muito mais!

Eu e a Joana fomos com o Filipe escolher o Fato do Casamento dele. Que príncipe que ele vai...também já escolhi os vestidos delas e que princesas que elas vão...

Andei a viajar no tempo, quando abri a caixa de jóias da minha mãe. Em cada peça que pegava lembrava-me de situações em que ela as usou...aquelas que lhe pedi emprestadas várias vezes... peguei na aliança de casamento da minha mãe, a aliança que o meu Pai lhe pôs no dedo no dia 17 de Maio de 1975...

Já pus de parte as que gostava de usar no dia do casamento, e é engraçado porque senti que ela escolheu comigo, como tenho sentido em todos os outros preparativos, todas as outras escolhas, mesmo coisas que já tinha posto de parte para usar ou levar, algo me fez voltar atrás e voltar a arrumar para não usar. Mesmo quando estava a fazer a lista de convidados, em que pus alguns amigos dos meus pais que gostava de ter presentes nesse dia, senti-os comigo a fazerem essa selecção.

“Faça o melhor que puder.
Seja o melhor que puder.
O resultado virá na mesma proporção de seu esforço.”
GANDHI

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Decisões

Excerto da minha crónica na revista Eles e Elas-Fevereiro 2010

E começou um novo ano.2010.Não sei porquê mas desde o inicio do ano que senti que este seria um ano de viragem. De desafios, de arriscar. E sinto-me inundada por uma força interior, com sede de inovação, com sede de novidades.

Tive um evento sobre tendências e eu própria me sinto tendenciosa, sinto-me querer pôr a mão no deixa andar da vida, querer mexer-me para viver a vida e não deixar que a vida passe por mim.

Por falar em tendenciosos, sempre me fez confusão as desilusões que sofremos na vida pessoal com certas pessoas que considerávamos amigas, mas que por uma razão ou por outra dançam a música que mais lhes der jeito mesmo que passem por cima dos outros, e se isto já é grave numa esfera pessoal, muito mais grave é aquilo que se esta a passar no nosso pais, onde se percebe que nem mesmo quem tem muito poder está a salvo, nem na esfera pessoal nem na profissional e o pior é ser na esfera publica aos olhos de todos, comprovado por todos.

Fazer planos para quê?contar com as coisas como garantidas para quê? Como se diz em Inglês “o take it for granted” não interessa para nada, as desilusões vão sempre ser maiores, porque o que o é hoje, pode não o ser amanha.

O mais racional a fazer nos dias que correm, por exemplo, em relação à amizade, é viver o dia a dia, aproveitar o dia com esse amigo ou amiga, tirar todo esse proveito, independentemente dessa amizade acabar amanhã, os bons tempos que se partilhou já ninguém nos tira.

Se fizermos planos, se tivermos grandes expectativas, se desconfiarmos de tudo, não aproveitamos nem o presente, nem o futuro.

Se não defraudarmos os nossos valores e princípios acho que o importante é pormos de lado certos fundamentalismos, certas regras, para darmos espaço a novas experiencias, novos desafios, surpreendermo-nos a nos próprios com coisas que sempre pusemos de lado por termos ideias pré-formadas, preconceitos ou o que for, será que não estamos a perder nada?

Aquilo que não nos agrada pomos para trás das costas ou fazemos alguma coisa para mudar isso, de barcos cruzados é que não, a sensação de frustração não nos vai abandonar nunca.

Viver a vida é para alem de aceitar aquilo que a vida nos põe à frente, é enfrentarmos as coisas boas e más, é procurar mais, é não ficar acomodado, é escavar, é surpreendermo-nos a nos próprios e aos outros, é reinventarmo-nos sempre que necessário e eu comecei 2010 com esse sentimento: reinvenção.

Tinha acabado o ano um bocadinho desmotivada pela banalização em que os eventos estavam a entrar. O chapa 5, de vip’s e imprensa não estava a chegar para alimentar a minha motivação, a minha energia, a minha força, a minha cabeça estava a mil com novos projectos para pôr em pratica e comecei a fazer uma lista de contactos a fazer para que se desencadeasse um processo de mudança a nível das acções que me pediam. Mas parar é morrer e independentemente de estar a pôr outras coisas em pratica, os eventos não páram a minha espera.

Nesta reinvenção decidi cuidar mais de mim, deixar de querer ser a super mulher, a super empresaria, sempre de sorriso na cara, sempre disponível para tudo e para todos menos para mim.

Sempre achei que era uma perda de tempo, as idas ao cabeleireiro, as idas às massagens, que a prioridade das prioridades era estar com as minhas filhas, estar com o meu marido, estar a despachar algo importante no trabalho ou em casa.

Tenho que dar o braço a torcer. Não é uma perda de tempo. Tempo para nós, para fazer algo que nos faça sentir bem connosco próprias nunca pode ser uma perda de tempo, é um ganho, para nós e para todos os que nos rodeiam.

Porque há uma coisa que também tenho vindo a aperceber-me, sem eu estar feliz não vou conseguir fazer ninguém a minha volta feliz. Posso estar sempre com o maior sorriso na cara, porque estou a fazer o que é suposto, mas será que os meus olhos também transmitiam isso?

Quando as coisas se tornam em rotinas, em obrigações, em o que é suposto, porque sempre foi assim e ponto final, o que é isso? se deixamos de fazer algumas coisas como sempre fizemos, vamos gerar surpresa e porquê? porque todos estão habituados a que assim seja, porque os habituamos a isso.

Relativamente ao trabalho, acontece o mesmo, se sempre habituámos quem trabalha connosco a fazermos de determinada maneira, se inclusive nos especializamos nisso, não podemos levar a mal, que nos contratem especificamente para isso e não para outra coisa diferente que nos lembrámos de fazer de repente.

Se nos estamos sempre a rir, não nos é permitido estar sérios, se estamos sempre a dançar, não nos é permitido estarmos parados. Tudo o que sai da normalidade surpreende e porquê? porque a maioria de nós toma tudo como garantido, dia após dia.

O perigo de querer ser a super mulher, de achar que consigo agarrar o mundo com as mãos, é viver à pressa, é deixar que a vida passe por mim e não a viver. Fazer tudo como é suposto, como se fossemos robôs, máquinas. Podemos chegar a todo o lado, mas não aproveitamos correctamente nenhum bocadinho.

Sei que muitas vezes é preciso maturidade, serenidade para chegarmos a este ponto. A um ponto de paz e que sem receios queremos mudar alguma coisa.

Eu decidi ter mais tempo para as minhas filhas, ter mais tempo para o meu marido, ter mais tempo para a minha família e para os meus amigos. Decidi ter mais tempo para aproveitar a minha casa, decidi gerir o meu trabalho com outra sabedoria, gastando tempo e energia naquilo que dá frutos e deixando de lado o que só nos desgasta e não leva a lado nenhum.

Acho que o complicado é chegarmos à tomada de decisão. Em relação a tudo...
Grande parte das decisões definem o percurso da carreira profissional e a qualidade da vida pessoal, no entanto, são poucas as pessoas que possuem, ou adquirem, a capacidade de tomar qualquer decisão num abrir e fechar de olhos.

Temos que deixar que a nossa experiência e o nosso instinto falem por si.

“A sabedoria da velhice é essa: saber trocar as vitórias imediatas pelas conquistas duradouras”.
Escolher um caminho significa abandonar outros - querer percorrer todos os caminhos possíveis é acabar por não percorrer nenhum.

O escritor Paulo Coelho tem 3 frases maravilhosas que refletem tudo isso:
“Todos os dias Deus nos dá um momento em que é possível mudar tudo o que nos deixa infelizes.O instante mágico é o momento que um SIM ou um NÃO pode mudar toda a nossa existência.”

“Se escuta o seu coração, uma pessoa se deslumbra ante o mistério da vida, está aberta aos milagres e sente alegria e entusiasmo pelo que faz.”

“As decisões são apenas o começo de alguma coisa.Quando alguém toma uma decisão, na verdade, está mergulhado numa correnteza poderosa, que leva a pessoa para um lugar que jamais havia sonhado na hora de decidir”.

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Anjos

Excerto da minha crónica na Revista Eles E Elas-Natal 2009

No Natal parece que tudo faz sentido. Parece que tudo é paz, amor e felicidade. Aproximamo-nos uns dos outros, a nossa fé ganha outro sentido e comemoramos o nascimento do menino Jesus.

E é do nascimento que gostava de falar nesta crónica de Natal. Dei por mim no outro dia a voltar atrás, a lembrar-me de todas as sensações que tive quando soube que estava à espera de cada uma das minhas filhas.

Os sintomas, o teste de gravidez, o segredo, a certeza, a primeira ecografia, ouvir o primeiro bater do coração, contar às pessoas, ser invadida por um sentimento de felicidade, de invencibilidade que não tem igual, em que o mundo pára e somos só nós, nós e o bebe que está dentro da nossa barriga.

Emociono-me sempre que penso nisso, sempre que me vêem à cabeça estas memorias e cada vez que olho para elas, para as minhas 3 meninas, que crescem todos os dias e que são a luz da minha vida.

O meu Natal faz sentido por elas. Passar-lhes a magia desta época, que na sua ingenuidade e pureza de crianças ainda é mais especial, é como se entrássemos na terra do faz de conta. Onde tento que as luzes, as decorações, o pai natal, as cartas dos presentes as façam sorrir ainda mais, sonhar ainda mais. Onde tento contar-lhes ano após ano a história do nascimento do menino Jesus, e recordar o nascimento delas, que são o meu menino Jesus, são os meus anjinhos. E tento passar-lhes tudo o que os meus pais me passaram, Natal atrás de Natal. Recordações tão boas, memorias tão especiais e que me fazem tanta falta...

Por falar em anjos e eu tenho GRANDES ANJOS no céu a olharem por mim decidi ir saber quem são os anjos protectores da nossa casa. O meu, das 3 gordas e do meu marido.

O meu é o Anjo HAAIAH
Este anjo ajuda a ganhar ou fazer os processos e julgamentos favoráveis à sua causa, ajuda o homem a contemplar as coisas e os actos divinos. Domina a política, os diplomatas, os embaixadores e influencia os jornalistas.
Quem nasce sob esta influência, é justo, benevolente, gosta de afectos sólidos, tem apreço pelas soluções lógicas e é dotado de compaixão e equilíbrio. Sabe que as leis terrenas podem e devem ser mudadas. Respeita as leis do Universo, pois estas nunca podem ser transgredidas e considera a palavra destino, como sinônimo de mudança e renovação. Trabalha incansavelmente em busca de conhecimento, para edificar seus ideais. Gosta de viajar e se adapta facilmente ao clima, às pessoas e ao idioma. Graças a sua personalidade marcante e à beleza de seu caráter, terá acesso às mais altas esferas sociais e governamentais. Mensageiro da paz, será um colaborador consciente da providência divina, com uma missão transcendental. Será um instaurador da ordem divina, um chefe secreto da alta magia branca .

O Anjo da Vera é o SEALIAH
Este anjo ajuda a confundir as pessoas orgulhosas ou maldosas que oprimem os mais humildes. Levanta a boa vontade e esperança dos desanimados. Domina a vegetação e tudo que tem vida e respira. Influencia os elementares que cuidam e protegem a natureza.
Quem nasce sob esta influência será ligado a detalhes e sua casa poderá ser decorada com miniaturas, estatuetas ou quadros pequenos de muito bom gosto. Seu jardim terá vegetação abundante, abrigando pequenos animais. Terá sempre dinheiro para suas necessidades e a palavra crise não existirá em seu vocabulário. Dotado de cultura prodigiosa, compartilhará seus conhecimentos e experiências, com aqueles que tenham ideais semelhantes aos seus. Descobrindo sua verdade espiritual, conseguirá produzir modificações impressionantes em seu bairro ou comunidade. Estudará as Sagradas Escrituras e descobrirá as verdadeiras leis de Jesus. Possui dom para fazer revelações misteriosas, através dos oráculos, sonhos ou premonições. Pela grandeza de suas obras terrenas, conseguirá aumentar sua luz e o vínculo com os anjos cósmicos. Seu papel na Terra, será ensinar a sociedade a descobrir que a potência angelical situa-se num plano de luz que nos é permitido conhecer. Está encarregado de "ressuscitar" o Cristo que existe em cada um de nós.

O Anjo da Mónica é o IMAMAIAH
Este anjo ajuda a destruir a força dos inimigos, das pessoas que só pensam em humilhar os mais fracos e auxilia todos que pedem socorro a Ele para obter liberdade. Protege as viagens em geral e todos os que estão desolados e solitários. Influencia todas as coisas que são baseadas na bondade e os ganhos monetários provenientes do trabalho honesto.
Quem nasce sob esta influência terá um temperamento vigoroso e forte, suportando qualquer adversidade com benevolência, paciência e coragem. Não tem medo do trabalho, mas sim grande inspiração para executá-lo. Sabe manusear qualquer objecto e fazer obras de grande beleza. Se for mulher poderá ser uma óptima decoradora, conseguindo captar com sua intuição os pontos fortes no lar, utilizando através do conhecimento dos símbolos mágicos, diferentes energias que irão salvaguardar sua casa das influências negativas. Respeita as pessoas com moral, inteligência e sentimentos, pois sabe que estes valores enobrecem a alma e constroiem uma boa existência na Terra. Está sempre se integrando aos assuntos sociais ou políticos e inspira muita confiança nas outras pessoas. Terá facilidades financeiras e materiais para realizar-se e projectar-se, inclusive internacionalmente. Aprendendo com os erros cometidos, estará sempre ensinando às pessoas a forma certa de agir - é o especialista em "consertar o que não tem mais jeito". Nunca se deixa levar pelo instinto, pensando sempre antes de agir. Optimista, expansivo e prudente, pode confiar em sua boa estrela e na protecção de seu anjo guardião.

O Anjo da Joana e do Filipe é o mesmo...é o DAMABIAH
Este anjo favorece contra os sortilégios ou presságios negativos, ajuda na obtenção do triunfo e faz com que os empreendimentos tenham resultados úteis. Favorece as pessoas que trabalham em cidades litorais e as expedições marítimas para pesquisas. Influencia os marinheiros, os pilotos e todo o tipo de comércio que tem como fonte o mar.
Quem nasce sob esta influência terá uma fortuna considerável e se destacará no meio em que vive pelas descobertas úteis. Pensa que somente poderá aprimorar-se na vida, experimentando a totalidade. Poderá ser chamado de aventureiro por viver a vida de forma profunda. Desta forma, do seu jeito, obterá a graça do seu anjo guardião. Generoso, nobre, possuidor de um espírito elevadíssimo, terá enorme possibilidade de sucesso. Adora assuntos místicos e esotéricos; com seu pensamento positivo, será capaz de quebrar qualquer tipo de feitiço, "olho gordo" ou inveja. Terá ajuda financeira para suas pesquisas, que se tornarão históricas, ou para a realização de grandes eventos. Estará mudando sempre de cidade, sem mesmo programar com antecedência, deixando que as coisas aconteçam meio de surpresa. Será uma pessoa do mundo, que entenderá a forma correcta de não despender energia, mostrando que através da eterna busca do conhecimento superamos os infortúnios. Sempre respeitado, possui uma legião de fãs, aos quais influencia positivamente com sua experiência, narrando sua trajectória de vida, que geralmente é bem sucedida. Estará sempre embaraçado com casos sentimentais. Adora liberdade e não suporta os relacionamentos do tipo "prisão". Fiel aos seus ideais, jamais fará alguém sofrer por egoísmo ou tentará tirar vantagem de uma pessoa indefesa. É um servidor de Deus!

São estes anjinhos que juntamente com todos os outros olham por nós diariamente.

Mais uma vez o meu marido deixou-me “entrar” um bocadinho no universo dos projectos dele. Enquanto eu faço coisas para algumas pessoas gostarem, ele faz para milhões de pessoas gostarem. Acho que é uma grande pressão, mas no final o resultado é muito compensatório. Eu mexo nas emoções de alguns, ele mexe nas emoções de milhares de portugueses. E para mim todas as profissões que sejam para fazerem os outros felizes são de louvar.

Vi a propósito do aniversário da televisão em Portugal uma reportagem, que transmitia isto que estou a querer dizer. Testemunhos de pessoas, muitas...que diziam que a televisão era a sua companhia, os apresentadores, actores, jornalistas, eram a sua família. Neste mundo cada vez mais egoísta, injusto, cheio de solidão, a televisão faz cada vez mais sentido e tornou-se num “bem” essencial.

O meu marido faz parte desse mundo que produz sonhos e faz sonhar. Um mundo que desde cedo tive acesso, devido à minha profissão, aos meus conhecimentos, mas que agora tenho uma percepção ainda maior.

Participei um bocadinho num dos seus “biliões” de projectos. O meu excitamento ao ver o resultado final deve ser ridículo, ao lado da normalidade que é para as pessoas que diariamente fazem televisão e nos brindam com momentos fantásticos. Não sei se a minha contribuição mudou a vida de alguém, mexeu com as emoções de alguém. Mas mudou uma coisa, a minha maneira de pensar relativamente aos meus objectivos. Se posso e gosto de fazer parte de projectos que realmente façam a diferença é atrás disso que tenho que ir e por isso que tenho que lutar.

Os Leões de Portugal convidaram-me para fazer parte da sua gala de solidariedade, um espectaculo com jantar no casino Estoril. Propuseram-me ser uma das apresentadoras. Aceitei sem hesitar. E gostei muito de participar, por ser o Sporting, por ser uma boa causa e por fazer uma coisa que me realiza: Fazer parte de um bom projecto que mexe com emoções e com a vida das pessoas. O meu Pai devia estar tão orgulhoso...devia estar nervoso, a roer as unhas, mas feliz. As palmas que bateram quando falei nele, mais uma vez me fizeram pensar que tenho o melhor Pai do mundo, mesmo estando no céu.
Enquanto houver um sorriso de simpatia, uma palavra de carinho,
um pequeno gesto de amor, sempre existirá o Natal.

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Amor

Excerto da minha crónica na Revista Eles e Elas-Outubro 2009

Hoje acordei apaixonada...pela vida...pelas pessoas...pelo trabalho...e principalmente pela minha família. Por isso decidi deixar aqui algumas frases que acho que devem ser “frases de cabeceira”, frases que devemos repetir para nós próprios e para aqueles que amamos.

Esta crónica tem muitos momentos de puro amor, muitos daqueles momentos especiais e que devem ser recordados mil vezes por dia.

“As melhores frases são ditas com um verdadeiro amor.” João Paulo Cavalini

“Aqueles que amamos nunca morrem, apenas partem antes de nós.” Amado Nervo

“O amor cura as pessoas – tanto as que o recebem como as que o dão.” Dr. Karl Menninger

“Amor não é uma questão de contar os anos, mas é fazer com que os anos contem.” Wolfman Jack Smith

“Onde reina o amor, o impossível pode ser alcançado.” Provérbio Indiano

“O amor é o nosso estado natural quando não optamos pela dor, pelo medo ou pela culpa.” Willis Harman e Howard Rheingold

“No homem, o desejo gera o amor. Na mulher, o amor gera o desejo.” Jonathan Swift
“O amor é o sentimento dos seres imperfeitos, posto que a função do amor é levar o ser humano à perfeição.” Aristóteles

“É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã…” Renato Russo

“Passamos a amar não quando encontramos uma pessoa perfeita, mas quando aprendemos a ver perfeitamente uma pessoa imperfeita.” San Kenn

“O amor é de todas as paixões a mais forte, pois ataca simultaneamente a cabeça, o coração e os sentidos.” Voltaire

“Tão bom morrer de amor … e continuar vivendo.” Mário Quintana

“Eu amo-te, não só pelo que és, mas pelo que eu sou quando estou ao teu lado.” Roy Croft

“Nada escrevi que prestasse até que comecei a amar.” Lord Byron

“Talvez amar alguém seja o único ponto de partida para tornar nossa a nossa vida.” Alice Koller

“As mais lindas palavras de amor são ditas no silêncio de um olhar.” Leonardo da Vinci

“Com amor consegue-se viver mesmo sem felicidade.” Fyodor Dostoyevsky

“Não há mal pior do que a descrença, mesmo o amor que não compensa é melhor que a solidão.” Vinícius de Moraes

“Tantos livros na estante. E acabo folheando o coração.” Eugénio Leandro

“Há, no mundo, milhares de formas de alegria, mas no fundo todas elas se resumem a uma única: a alegria de poder amar.” Michael Glent

“Um amor mais forte que tudo, mais obstinado que tudo, mais duradouro que tudo, é somente o amor de mãe.” Paul Raynal

“Nunca chores por amor, pois a única pessoa que merecer tuas lágrimas jamais te fará chorar.” San Ken

“Tudo o que sabemos do amor, é que o amor é tudo que existe.” Emily Dickinson

“Temer o amor é temer a vida e os que temem a vida já estão meio mortos.” Bertrand Russell

“O amor nasce de quase nada e morre de quase tudo.” Júlio Dantas

“O amor não consiste em olhar um para o outro, mas sim em olhar juntos para a mesma direcção.” Antoine de Saint-Exupéry

“Não preciso drogar-me para ser um génio; Não preciso ser um génio para ser humano; Mas preciso do teu sorriso para ser feliz.” Charles Chaplin

“O que há de admirável no amor é que quando um se dedica ao outro, esquecem-se de si mesmos.” M. Corday

“Amor é quando as diferenças não são mais capazes de separar.” J. de Bourbon Busset

“O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso, existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis…” Fernando Sabino

“Amar é receber um vislumbre do céu.” Karen Sunde

“O amor conquista todas as coisas.” Virgílio (70-19 AC)


A minha filha Joana fez um ano...consegui mais uma vez juntar a família e os amigos para a celebração do primeiro ano dela. Ela como sempre, esteve bem disposta, a andar de um lado para o outro, a fazer gracinhas para toda a gente e a fazer aquele olhar penetrante que só ela e o pai sabem fazer...

E chegaram as férias! As nossas e as das nossas gordas! E lá partimos todos para S. Martinho, com dois carros cheios até ao tecto!

S. Martinho...mais uma vez podia estar aqui durante horas a divagar sobre o que eu sinto cada vez que chego a S. Martinho, a paz que me invade, parece que entro num registo zen e começo a levitar...este sentimento conjugado com puder partilhar tudo isso com as minhas filhas e o meu marido é a sensação que mais me preenche e mais me faz feliz.

Dos momentos que tenho que destacar como mais especiais, foi o dia do abraço à Baia, o dia que a minha mãe mais gostava e as minhas filhas mais velhas, lá foram fazer parte do abraço, vestiram as camisolas, deram as mãos e eu não contive as lágrimas...

O encontro com os meus amigos de lá, que só vejo uma vez por ano, faz-me relembrar todos os momentos do meu crescimento, todos os momentos marcantes que vivi em S. Martinho.

Estar com os meus primos, com os meus avós, com a minha família, sem horas, sem tempo contado é um luxo que só s.martinho permite...

Ver os meus avós felizes todos os dias, porque podíamos passar o dia todo juntos, à conversa, a disfrutarem das bisnetas, a disfrutarmos uns dos outros.

O Filipe sentiu que eu estava bem e não quis interromper este meu estado de graça e então ofereceu-se para vir fazer a nossa mudança de casa sozinho...nos últimos tempos, principalmente depois do nascimento da Joana, começámos a ver casas, porque nos apetecia melhorar a qualidade de vida, a nossa e a delas. Acho que vimos todas as casas de todas as imobiliárias e nada nos satisfazia, nenhuma fazia o clique.

Até que me apaixonei por uma na Malveira...mas o negocio não se concretizou por inúmeras razões, era porque não tinha que ser....e depois apaixonou-se o Filipe por outra na Quinta da Beloura, eu confesso que também adorei a casa quando entrei...preenchia todos os nossos requisitos... e fui-me apaixonando...

Lá nos decidimos por esta casa e o Filipe veio tratar de tudo. Eu fiquei sozinha com as 3 em S. Martinho e que bom que foi...Eu era só delas e elas só minhas, foram os melhores dias que tenho tido nos últimos tempos e realmente não há nada melhor do que nos deixarmos absorver completamente pelos nossos filhos e o que eu aprendi com elas...tão bom....

Lá viemos embora directas para a casa nova.

O Filipe mais uma vez foi incansável e não deixou nenhum pormenor de fora, pensou em tudo e em todos. Eu tinha um closet e um escritório todo montado e elas tinham quartos de verdadeiras princesas.
A Casa estava linda...

E chegou o dia dos meus anos...este ano quis descansar acima de tudo...quis gozar a casa nova sem pensar em mais nada e faze-lo com as minhas filhas, passamos o dia todo na piscina, o meu marido encheu-me de presentes maravilhosos e à noite fui jantar com os amigos mais próximos, sem grandes combinações, sem nada de especial, tenho que confessar que não me apetecia ter trabalho nenhum com os meus anos e para mim se estou com o meu marido e com as minhas filhas não preciso de mais nada.

Começaram as aulas e depois da preocupação de não saber se a carrinha do colégio as podia continuar a vir buscar e trazer, lá me deram a alegria de me darem a boa noticia de continuarem a puder ser o transporte delas. Tenho que agradecer ao colégio, porque foi com muita ternura e preocupação que resolveram esta questão.

Com o começo das aulas vem o começo do trabalho, a rentree dos eventos, que têm corrido muito bem graças a Deus. Paralelamente a isso ando cheia de projectos na cabeça que aos poucos penso que os vou puder começar a realizar...depois conto...

Mas o mais importante do mês de Setembro foi sem dúvida o casamento do meu irmão Ricardo.

Sempre que pensava nisso comovia-me, e claro que no casamento me emocionei muitas vezes...por tudo...queria que os meus pais estivessem lá connosco, mesmo sentindo-os presentes, queria partilhar tudo com eles, queria que o Ricardo os tivesse ao lado neste dia tão importante. Ver o meu irmão a dar este passo e estar tão feliz foi maravilhoso!

Foi um casamento muito sentido, muito especial. A Maria é a mulher da vida dele e ver os amigos que ele tem desde sempre, os amigos que eu vi crescer com eles, estarem ali como padrinhos, com a amizade verdadeira que sempre tiverem é daquelas coisas únicas e raras de se ver.

As minhas gordas foram a sensação claro, completamente compenetradas no seu papel de segurar no vestido, de dar as alianças e de estarem bem. São únicas! São as melhores do mundo!
Parabéns Ricardo e Maria! Quero sobrinhos!!!!

O Bruno Carvalho, presidente da Fundação Aragão Pinto, conseguiu mais um passo de gigante para a fundação, a gravação de um anúncio para a Televisão! Eu e o meu irmão convidámos algumas pessoas para fazerem parte e é comovente a disponibilidade das pessoas para acções como esta. Lá estavam de sorriso na cara num sábado à tarde, completamente disponíveis para o que precisássemos, acabou por ser uma tarde muito bem passada, onde me diverti muito e senti que o meu pai também deve ter chorado a rir!



A seguir fui almoçar com a minha “maninha”, a Rita ferro que se tem tornado das melhores amigas que se pode ter, tem um coração do tamanho do mundo e está sempre ao meu lado para o que eu precisar.

Acho que agora percebem porque decidi dedicar esta crónica ao amor. O meu relato destes últimos tempos e que partilho aqui com vocês está cheio de situações apaixonantes, emocionantes e comoventes, com o amor sempre presente.

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