09 março 2012

Datas

Excerto da minha crónica na revista Eles e Elas-Março 2012

E começou um novo Ano.O Ano de 2012.
Um ano com 366 dias.
Mais um ano para amar muito, sorrir, brincar, chorar, errar, sonhar, cantar, gritar, partilhar, comer, estudar, arriscar, conquistar, namorar, acreditar, surpreender, comemorar. Mas acima de tudo para viver.

Hoje é dia da Mulher. Eu sou daquelas pessoas que dou importância a datas. Acho que tudo o que é especial tem direito a comemoração e que toda a gente se deve sentir especial seja pelo que fôr. Só não concordo é que só se dê importância nessas próprias datas! E aquelas datas que só servem para “obrigar” as pessoas a lembrarem-se, para nos imporem sentimentos, essas não concordo. Ou melhor não lhes dou a importância que a sociedade decidiu dar.

Uma das perguntas dos trabalhos de casa de estudo do meio da minha filha Vera ontem, era:Indica 10 coisas que só acontecem uma vez por ano.
E deu-me que pensar..Os aniversários, o Natal, a Páscoa, o dia do Pai, o dia da Mãe, o dia da criança, etc, etc.
Realmente vivemos estas datas uma vez por ano, festejamos e comemoramos estas datas uma vez por ano e o que comemoramos nós o resto dos dias?A vida!O amor!A Saude!
Mas estes não têm dias marcados no calendário, estas comemorações são nossas, vêem de dentro e cabe-nos a nós festejarmos seja de que maneira fôr, seja com um suspiro, com um sorriso ou com outra acção qualquer.
Hoje é dia da mulher, mas as mulheres não se podem vangloriar daquilo que são apenas hoje, não posso ser inundada de parabéns por ser mulher só hoje. Eu estou de parabéns todos os dias.

No dia do meu aniversário estou de parabéms porque comemoro mais um ano e vida, no Natal comemoramos o nascimento do menino Jesus.
Manifestações esfusiantes neste dia se depois no resto do dia não existem, não obrigada.

Queremos ser valorizadas enquanto mulheres todos os dias do ano. Hoje, dia 8 de Março é a data marcada para o lembrar para o resto do ano, não apenas no dia de hoje.
Estou longe de ser femininista. Concordo com a emancipação e independência das mulheres, mas também concordo que há coisas que devem continuar a ser os homens a fazer, não por serem o sexo forte, mas porque nós precisamos muitas vezes de sermos pegadas ao colo, assim como os pegamos ao colo a eles também.

Eu não quero que as minhas filhas só se sintam especiais no dia da criança. Eu não quero que o meu marido só se sinta um pai especial no dia do Pai.

Com tudo isto, o que quero dizer é que não devemos passar em branco as datas que estão marcadas no calendário, desde que não deixemos esses sentimentos de lado o resto do ano.

E por falar em datas, na altura do dia dos namorados, a minha amiga Ana Mota, decidiu participar num passatempo do seu cabeleireiro para ganhar um prémio. Tinha que fazer uma declaração de amor à sua cara metade, a declaração de amor mais votada, ganhava.
Ela ligou-me e pediu-me: ”Amiga, sabes que tens mais jeito para estas coisas que eu...escreves-me alguma coisa, como se fosse eu a escrever ao Daniel?”.
Claro que escrevo! E mandei-lhe, uma declaração como se fosse eu a escrevê-la para o meu marido.
E com este pequeno texto...
"Por tudo aquilo que já vivemos. Obrigada. Por tudo aquilo que vamos viver. Sim. Para sempre. A melhor sensação do mundo é encontrar alguém que compartilhe os mesmos sonhos e as mesmas vontades, ou que me ame o bastante para me aceitar mesmo com as minhas loucuras e os meus desejos malucos. Tu.”
A Ana ganhou o concurso do Studio glamour cabeleireiro!
E assim se espalhou amor.

Este ano decidi empenhar-me nas mascaras de carnaval das minhas filhas. Lá está, não ligo ao Carnaval, não gosto, não acho piada. Mas quando se tem filhos não há como contornar esta data e resta-nos rendermo-nos e lembrarmo-nos de como gostávamos do Carnaval em crianças. Entrar no mundo da fantasia e tirar o melhor partido dele.
A Mónica foi de Enfermeira, a Vera de “Dondoca” e a Joana de Cleopatra.
Quando as fui buscar ao colégio nesse dia, as professoras juntaram-se para me dar os parabéns. Disseram que elas estavam lindas e que se percebeu que a mãe teve cuidado e trabalho, que deu atenção.

E sim foi isso que eu fiz, e foi isso que as fez feliz e que me preencheu. Foi ter-lhes dado o meu tempo, ter-lhes dado atenção, ter ouvido as suas vontades, sugestões. Ter dado importância ao Carnaval por elas, deixando completamente de parte aquilo que eu penso. E verdade seja dita elas estavam LINDAS!!!
Homenagear alguém ou enviar um carinho por determinada data numa representação muito especial da sua vida, encontrando sempre o que o nosso coração procura. Isso é o mais importante.

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1 comentário:

  1. Marta,
    Descobri o teu blog por acaso e gostei do que li! Gostei de ver que continuas igual, a pôr por escrito os teus sentimentos como o fazias em miuda (qts eram os diários????) e gostei muito da maneira como falas das tuas filhas... :-)
    Ve-se que és uma boa mãe!
    Um grande beijinho,
    R Castro

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